Em janeiro, um caça A-29 Super Tucano da FAB interceptou com tiros um avião que sobrevoava Terra Indígena Yanomami
Dois caças da FAB (Força Aérea Brasileira) perseguiram na manhã nesta quarta-feira (26) um avião que entrou clandestinamente no espaço aéreo do Brasil vindo da Bolívia, para onde retornou após a interceptação.
A aeronave modelo Cessna 401A foi detectada por radares da FAB nas proximidades de Porto Velho (RO), após ações de inteligência da Polícia Federal, diz a Aeronáutica.
Segundo a FAB, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) acionou os dois caças A-29 Super Tucano, de defesa aérea, para realizar a interceptação.
“As ações foram adotadas por se tratar de um tráfego ilícito, que se mostrou não colaborativo e desobedeceu a todas as orientações feitas pela defesa aeroespacial brasileira”, afirmou a FAB, em nota.
A Aeronáutica não informou se foram realizados disparos de advertência, mas o procedimento de interceptação foi encerrado quando a aeronave suspeita entrou de volta no espaço aéreo da Bolívia.
Em janeiro, um caça A-29 Super Tucano da FAB interceptou com tiros um avião que sobrevoava Terra Indígena Yanomami. Desde o início do ano passado, o espaço aéreo no local está fechado, por decreto.
Segundo a FAB, o avião, modelo Cesna 182, foi interceptado a cerca de 110 km da capital Boa Vista (RR). O piloto fugiu após o pouso.
Fizeram parte da perseguição outros dois aviões da Força Aérea, modelos E-99, R-99, equipados com recursos de monitoramento, como radares e sensores. A Polícia Federal participou da ação.
Um vídeo mostra o militar do caça Super Tucano avisar pelo rádio ao piloto do Cesna que seu avião está sendo interceptado, que a rota está sendo modificada e dá instruções de voo. Na sequência, informa que serão disparadas duas rajadas de tiros de aviso. E atira em sequência.
Por mais de uma vez o monomotor apareceu no alvo na imagem gravada no vídeo.
Após os disparos, a aeronave fez um pouso em uma pista de terra. O piloto não foi localizado.
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