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Brasil poderá ter 6 tipos de vacina contra a covid-19

(FILES) In this file photo taken on February 22, 2021 a paramedic with Israel's Magen David Adom medical services displays a vial of the Pfizer-BioNTech COVID-19 vaccine at an IKEA branch in the Israeli city of Beit Shemesh. - The Brazilian Health Regulatory Agency approved US laboratory Pfizer's vaccine against Covid-19 for widespread use on February 23, 2021, even though the immunizer is still not available in the country. (Photo by AHMAD GHARABLI / AFP)

Além da CoronaVac e da vacina de Oxford, há outras quatro com perspectiva de uso no país: Pfizer, Covaxin, Sputinik V e Johnson

Mais de 6,5 milhões de brasileiros já foram vacinados contra a covid-19 com a primeira dose da CoronaVac ou da vacina de Oxford, imunizantes que estão sendo aplicados no país a grupos restritos por meio de autorizações de uso emergencial concedidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Cerca de 1,7 milhões já receberam a segunda dose, o que equivale a apenas 0,83% da população, segundo dados do Vacinômetro do R7.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, em parceria com a AstraZeneca, enviou o pedido de registro definitivo da vacina de Oxford para a Anvisa em 29 de janeiro. A agência tem um prazo de 60 dias para analisar a solicitação e, desde então, já se passaram 31 dias.

Além dessas duas vacinas contra a covid-19, há outras quatro com perspectiva de uso no Brasil: Pfizer, Covaxin, Sputinik V e Johnson. A vacina da Pfizer é a única no país que já recebeu o registro definitivo da Anvisa, o que permite a vacinação em massa e sua comercialização no setor privado.

No entanto, o Ministério da Saúde ainda não comprou doses do imunizante da Pfizer por não concordar com o contrato apresentado pela farmacêutica, o qual exige que o governo assuma a responsabilidade por eventuais efeitos adversos da vacina e que mantenha um fundo para qualquer indenização decorrente de demandas judiciais.

Por outro lado, o governo federal já autorizou a compra da Covaxin e da Sputinik V, mas ambas ainda não realizaram soliticação de registro nem de uso emergencial à Anvisa. A vacina da Johnson continua em submissão contínua – fase que antecede o pedido de uso emergencial – e realiza testes do imunizante no Brasil.

O país ainda integra a Covax Facility, aliança da OMS (Organização Mundial da Saúde) para ajudar nações pobres e em desenvolvimento a ter acesso a vacinas contra a covid-19. A previsão do consórcio é que o Brasil receba 10,6 milhões de doses da vacina de Oxford durante o primeiro semestre deste ano.

Segundo o governo federal, a projeção é que o país tenha 454 milhões de doses de vacina contra a covid-19 até dezembro deste ano, quantidade necessária para imunizar os mais de 211 milhões de brasileiros, levando em conta imunizantes administrados em duas doses.

Saiba mais sobre a situação de cada uma das vacinas:

Vacina de Oxford

– Situação: aprovada pela Anvisa para uso emergencial no Brasil. Além disso, realizou pedido de registro definitivo à agência em 29 de janeiro
– Doses disponíveis: a Fiocruz já entregou 4 milhões de doses da vacina ao PNI (Programa Nacional de Imunizações). A expectativa é a de que 100,4 milhões de doses sejam entregues no primeiro semestre deste ano e mais 110 milhões no segundo
– Número de doses: duas doses, com intervalo de 3 meses
– Fabricante: Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca. Representada no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro
– País de origem: Reino Unido
– Tecnologia: vetor viral não replicante, utiliza adenovírus que causa resfriado em chimpanzés, modificado em laboratório, para induzir o corpo humano a produzir uma resposta imune à doença
– Eficácia: 82,4% ao fim das duas doses, sendo 76% após 90 dias da primeira dose

CoronaVac

– Situação: aprovada pela Anvisa para uso emergencial no Brasil
– Doses disponíveis: de acordo com o Instituto Butantan, já foram entregues 13,5 milhões de doses ao PNI, e a expectativa é a de que 100 milhões sejam entregues até setembro deste ano. O Ministério da Saúde assinou contrato para a compra das 54 milhões de doses da vacina
– Número de doses: duas doses, com intervalo de 28 dias
– Fabricante: farmacêutica chinesa Sinovac, representada no Brasil pelo Instituto Butantan, em São Paulo
– País de origem: China
– Tecnologia usada: vírus inativado, contendo em sua composição o novo coronavírus morto a partir de processos físicos e químicos
– Eficácia: 100% eficaz para impedir casos graves e moderados, 78% de desenvolver um quadro leve de covid-19 e 50,38% menos chances de contrair a doença

Pfizer

– Situação: registro definitivo concedido pela Anvisa, uma autorização permanente para ser usada em território nacional
– Doses disponíveis: apesar de ter recebido o registro definitivo, não há doses disponíveis no Brsil. O entrave na negociação entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica está no contrato apresentado pela Pfizer, o qual possui cláusulas consideradas “absurdas” por parte do ministério
– Número de doses: duas doses, com intervalo de 3 semanas
– Fabricante: Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech
– País de origem: Estados Unidos
– Tecnologia usada: RNA mensageiro, que instrui o organismo a gerar anticorpos sem que seja necessário utilizar algum tipo de vírus, seja ele atenuado ou inativado.
– Eficácia: 95% após as duas doses e de 85% de duas a quatro semanas após a aplicação da primeira dose. Além de prevenir a covid-19, estudos comprovaram que a vacina também evita transmissão do coronavírus

Johnson

– Situação: em submissão contínua no Brasil, processo adotado pela Anvisa para acelerar a liberação das vacinas contra a covid-19, o qual permite a análise dos dados de estudos com o imunizante por etapas, assim que eles são gerados
– Doses disponíveis: as negociações para a compra do imunizante começaram a ser feitas em abril do ano passado e, segundo o Minstério da Saúde, estão “emperradas por falta de flexibilidade” da empresa, que se resguarda no contrato de eventuais efeitos graves que a vacina possa causar
– Número de doses: dose única
– Fabricante: Laboratório Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson
-País de origem: Bélgica
-Tecnologia usada: vetor viral não replicante, utiliza adenovírus que causa resfriado em chimpanzés, modificado em laboratório, para induzir o corpo a produzir uma resposta imune à doença
-Eficácia: 72% na prevenção da doença, alcançando taxa de 66% de eficácia global

Covaxin

– Situação: governo brasileiro autorizou a compra do imunizante, mas o laboratório ainda não apresentou à Anvisa pedido de uso emergencial nem de registro definitivo
– Doses disponíveis: o Ministério da Saúde informou que negocia a aquisição de 20 milhões de doses
– Número de doses: duas doses, com intervalo de quatro semanas
– Fabricante: Bharat Biotech, em Hyderabad, na Índia, representada no Brasil pela distribuidora Precisa Medicamentos, em São Paulo
– País de origem: Índia
– Tecnologia usada: vírus inativado, na qual o vírus não consegue se replicar, mas sua presença no organismo faz com que o sistema imunológico reaja. Considerada uma vacina tradicional
– Eficácia: a Covaxin não teve sua eficácia divulgada

Sputnik V

– Situação: a compra do imunizante também foi autorizada pelo governo. O laboratório chegou a apresentar à Anvisa o pedido de uso emergencial, mas o documento foi devolvido por falta de informações básicas
– Doses disponíveis: o Ministério da Saúde informou que pretende comprar 10 milhões de doses após a autorização de uso emergencial
– Número de doses: duas doses, com intervalo de 21 dias
– Fabricante: Instituto Gamaleya, em Moscou, representada no Brasil pela farmacêutica União Química, em São Paulo
– País de origem: Rússia
– Tecnologia usada: vetor viral não replicante, utiliza adenovírus que causa resfriado em chimpanzés, modificado em laboratório, para induzir o corpo a produzir uma resposta imune à doença
– Eficácia: 91,6% eficaz na prevenção da covid-19

FONTE: R7.COM

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Marcio Martins martins

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