Índice analisa independência das instituições judiciais, a atuação do jornalismo investigativo e recursos disponíveis
O Brasil caiu do quarto para o sexto lugar no Índice de Capacidade de Combate à Corrupção na América Latina, depois de ser ultrapassado pelo Peru e pela Argentina. Esse ranking mede a capacidade dos países da região de detectar, punir e prevenir a corrupção.
A análise é feita pelas consultorias “Americas Society” e “Control Risks”. Cinco dos 15 países analisados registraram quedas significativas nas pontuações neste ano. Veja a lista:
1. Uruguai – 7,8 pontos
2. Chile – 6,51
3. Costa Rica – 6,45
4. Peru – 5,66
5. Argentina – 5,16
6. Brasil – 5,07
7. Colômbia – 4,81
8. Equador – 4,77
9. Panamá – 4,55
10. República Dominicana – 4,38
11. México – 4,25
12. Paraguai – 4,08
13. Guatemala – 3,84
14. Bolívia – 2,43
15. Venezuela – 1,40
O Brasil surge em sexto, com 5,07 pontos. De acordo com o relatório (leia aqui na íntegra), o País apresenta queda no índice pelo segundo ano seguido (5,52 em 2020, e 6,14 em 2019).
Os países com uma pontuação mais alta são considerados mais propensos a ver os atores corruptos processados e punidos.
O Índice analisa 14 variáveis principais, incluindo a independência das instituições judiciais, a força do jornalismo investigativo e o nível de recursos disponíveis para combater o crime do colarinho branco.
Na análise feita sobre o Brasil após o levantamento, o relatório diz que “os líderes do Ministério Público Federal e da Polícia Federal indicados pelo governo podem continuar a enfrentar pressões para proteger o presidente e seu círculo íntimo de investigações de corrupção”.
Além disso, lembrou decisões judiciais recentes contra réus condenados pela Operação Lava Jato, lembrando da decisão do STF que beneficiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Essas decisões podem afetar outros réus, anulando ou invalidando decisões de processos da Lava Jato adjudicados desde 2014”, analisou o texto.
FONTE: BAND
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