O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que Marcos Cintra foi demitido da Receita Federal foi tentar criar um imposto nos moldes da antiga CPMF . Em uma rede social, Bolsonaro escreveu que a demissão ocorreu por “divergências no projeto da reforma tributária”. O presidente também ressaltou que a recriação da CPMF ou um aumento da carga tributária estão, por determinação sua, descartadas do projeto de reforma tributária que está sendo elaborado pelo governo.
Bolsonaro disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, demitiu Cintra “a pedido”, mas sem deixar claro se o pedido foi seu ou do próprio Cintra. Uma nota divulgada pelo Ministério da Economia antes da publicação de Bolsonaro diz que o pedido de exoneração partiu do secretário.
O presidente ainda escreveu que a proposta de emenda tributária (PEC) do governo “só deveria ter sido divulgada após o aval do Presidente da República e do Ministro da Economia”. Na terça-feira, o adjunto de Cintra, Marcelo de Sousa Silva, divulgou detalhes do projeto da reforma em um seminário.
Segundo a nota do Ministério da Economia, o secretário será substituído interinamente por José de Assis Ferraz Neto. Marcelo Silva, considerado o pivô da crise, ficará no cargo, no entanto.
Além da defesa da “nova CPMF”, segundo interlocutores, pesou contra Cintra o clima tenso com os técnicos da Receita. Em agosto, ele demitiu o subsecretário-geral do órgão, João Paulo Fachada, após pressões por uma troca de comando no primeiro escalão do Fisco, manifestadas por autoridades dos Três Poderes insatisfeitas com os procedimentos de fiscalização de auditores.
No Facebook, o presidente abordou o assunto:
FONTE: EXTRA
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