Suspeito é cidadão belga nascido em 1993 que foi preso após busca realizada em casa em Bruxelas
LONDRES – Um décimo suspeito foi detido na Bélgica por acusações de terrorismo em conexão com a investigação sobre os ataques Paris, em 13 de novembro, informaram as autoridades na quinta-feira.
O suspeito, identificado apenas como Ayoub B., um cidadão belga nascido em 1993, foi preso depois de busca realizada em uma casa no bairro de Molenbeek em Bruxelas na quarta-feira.
A casa, na Rue Delaunoy, foi onde Salah Abdeslam — fugitivo e único participante direto nos ataques que ainda se acredita estar vivo — supostamente se escondeu após os ataques.
Cerca de dez celulares foram apreendidos durante a busca que levou à prisão de Ayoub B., e eles estão sendo examinados. Não foram encontradas armas ou explosivos.
O homem foi “acusado de assassinato terrorista e a participação nas atividades de uma organização terrorista”, segundo um comunicado do escritório do promotor federal em Bruxelas.
Molenbeek, um bairro da classe operária situado a oeste do centro da cidade de Bruxelas, é a região onde moravam pelo menos três homens que se acredita terem participado nos ataques: Abdeslam e seu irmão Ibrahim, que morreu no ataque, e Abdelhamid Abaaoud, que acredita-se ter sido o planejador dos ataques.
Pelo menos seis dos participantes no ataque terrorista coordenado pelo Estado Islâmico em Paris eram europeus que haviam viajado para a Síria. Os nove outros homens foram colocados em prisão preventiva na Bélgica, em conexão com os ataques de Paris, que mataram 130 pessoas.
Também na quinta-feira, uma audiência foi marcada, em Bruxelas, para dois homens — identificados em matérias no noticiário belga como Mohamed Karay, 27, e Said Souati, 30 — que são acusados de planejar um ataque terrorista na cidade na véspera do Ano Novo.
Este plano, juntamente com outras preocupações de segurança, levou o Conselho da Cidade de Bruxelas na quarta-feira à noite a cancelar a queima de fogos de artifício da véspera de Ano Novo, que tradicionalmente tem lugar na Place de Brouckère.
Karay e Souati são membros de um clube da motociclistas chamado “Cavaleiros Kamikaze”. A página do Facebook do grupo sugere que os membros, todos os muçulmanos da região de Bruxelas, participam de eventos de desportos motorizados, mas não faz nenhuma menção a radicalização, extremismo ou violência.
Fonte: oglobo
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