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Bélgica caça dois suspeitos dos atentados que aparecem em foto no aeroporto de Bruxelas

Irmãos Khalid e Brahim El Bakraoui se explodiram. Um no aeroporto e o outro no metrô

BRUXELAS — A polícia belga busca nesta quarta-feira dois suspeitos que foram fotografados no circuito interno de TV do aeroporto internacional demax2 Bruxelas, um dos alvos de atentado na terça-feira. Dois dos terroristas suicidas foram identificados como os irmãos Khalid e Brahim El Bakraoui — o primeiro se explodiu na estação de metrô de Maalbeek e o segundo, no aeroporto Zaventem. Mais cedo, a imprensa belga informou a detenção de um terceiro suspeito, identificando-o como Najim Laachraoui, mas voltou atrás e desmentiu a informação. As autoridades não confirmaram se Laachraoui é um dos homens que aparece na imagem capturada no aeroporto.

“O homem detido em Anderlecht não é Najim Laachraoui”, indicou o jornal “La Dernière Heure”. O canal RTL também reconheceu que “o suspeito detido” não era Najim Laachraoui, sobre quem pesa uma ordem de captura relacionada aos atentados de 13 de novembro em Paris. É a primeira pista que vincula os dois ataques.

O Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do maior atentado já ocorrido na Bélgica, com explosões no aeroporto de Bruxelas e na estação de metrô que mataram ao menos 31 pessoas e feriraram outras 271. Localizada no centro da cidade, a estação fica próxima a prédios da União Europeia (UE).

Inicialmente, circulou a informação de que Laachraoui seria o homem que aparece de branco e chapéu na foto, enquanto os irmãos Bakraoui seriam os dois vestidos de preto.A procuradoria federal, no entanto, confirmou nesta quarta-feira apenas a identificação de Brahim (centro da imagem) e disse que os outros dois homens flagrados no circuito interno de TV do aeroporto ainda não foram identificados.

O DNA de Laachraoui tinha sido encontrado em casas utilizadas pelos suspeitos dos atentados em Paris. Ele viajou para a Hungria em setembro com Salah Abdeslam, principal suspeito dos ataques na capital francesa, que foi detido na última sexta-feira na capital belga.

Segundo fontes de segurança, evidências apontam que os terroristas teriam cometido os ataques em Bruxelas como forma de vingar a prisão de Abdeslam. Durante uma busca num apartamento que seria usado pelos irmãos El Bakraoui, a polícia descobriu — além de bombas com pregos e uma bandeira do Estado Islâmico — 20 quilos de TATP (explosivo usado nos atentados de Paris) e 50 litros de acetona, usada para o material.

FABRICANTE DE BOMBAS

Capturado em uma fotografia da câmera de segurança no aeroporto de Bruxelas, Laachraoui aparece vestido de branco e levando um carrinho de bagagem. Ele não detonou uma bomba, que logo depois teria sido destruída em uma explosão controlada.

Suspeita-se que Laachraoui seja fabricante de bombas. Meios de comunicação franceses afirmaram que ele também desempenhou um papel importante nos ataques terroristas em Paris, em novembro, que deixaram 130 pessoas mortas.

Depois dos ataques em Bruxelas, as autoridades belgas elevaram para o máximo o nível de alerta terrorista. O aeropoto continuará fechado para passageiros na quinta-feira, enquanto um amistoso entre Bélgica e Portugal na próxima terça-feira foi cancelado por motivos de segurança.
APARTAMENTO REVISTADO

Khalid El Bakraoui, de 27 anos, tinha alugado sob um nome falso o apartamento no bairro Forest da capital belga, onde a polícia matou um homem armado em uma operação na semana passada, disse a emissora RTBF.

O jornal belga DH informou que os irmãos Bakraoui teriam fugido do apartamento em Forest após o tiroteio com as forças de segurança na semana passada.

Ambos os irmãos têm antecedentes criminais, mas não tinham sido ligados pela polícia aos militantes islâmicos até agora, disse a RTBF.

Brahim El Bakraoui, de 30 anos, foi condenado em outubro de 2010 por disparar um rifle de assalto Kalashnikov contra a polícia e ferir um policial, em Bruxelas, no início daquele ano. Ele foi condenado a nove anos de prisão.

Após os atentados de terça-feira, vários países europeus reforçaram a segurança em seus aeroportos e estações de transporte. A Bélgica fechou sua fronteira com a França, e duas centrais nucleares foram esvaziadas.

Fonte: oglobo

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Gomes Oliveira

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