Imagens de satélite divulgadas pelo governo australiano mostram objetos achados no oceano que poderiam ser os destroços do voo MH370 da Malaysian Airlines, desaparecido desde 8 de março (Foto: Australian Government’s Department of Defence via the Australian Maritime Safety Authority/AFP)
O vice-primeiro-ministro da Austrália, Warren Truss, disse nesta sexta-feira que os objetos vistos em imagens de satélite que levaram a uma caçada internacional em uma área remota no sul do oceano Índico em busca do avião desaparecido da Malaysia Airlines podem ter afundado.
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O voo MH-370 desapareceu em 8 de março, com 239 a bordo, no trajeto entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Pequim, na China.
As imagens foram feitas no dia 16 de março.
“Algo que estava flutuando no mar há tanto tempo pode não estar mais flutuando”, disse ele a repórteres em Perth. “Podem ter ido para o fundo.”
Segundo a emissora Americana “CNN”, o primeiro avião que foi enviado ao local nesta sexta-feira (21) para tentar localizar os possíveis destroços não encontrou nada na área designada.
Truss disse que as buscas continuam em mares traiçoeiros em uma área a 2.500 quilômetros a sudoeste de Perth, e que as aeronaves da Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos receberão o apoio de aviões chineses e japoneses durante o fim de semana.
O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbot, disse nesta quinta-feira (20) que satélites avistaram no sul do Oceano Índico dois objetos que podem estar relacionados ao Boeing da Malaysia Airlines. Um dos objetos teria cerca de 24 metros.
“A Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA, na sigla em inglês) recebeu informações baseadas em dados de satélites, sobre objetos que poderiam estar relacionados com a busca”, disse Abbot no Parlamento australiano.
De acordo com o primeiro-ministro, os objetos estariam ao sul do Oceano Índico, a cerca de 2.300 km da costa da cidade de Perth, onde o tempo não está bom no momento. “Ao analisarmos as imagens de satélite identificamos dois objetos possivelmente relacionados com as buscas”, disse.
Navios e aviões foram enviados ao local, mas por enquanto nada foi localizado.
Após o anúncio, o governo da Malásia afirmou que a localização dos objetos é um “indício crível” que pode levar ao avião, mas que ainda precisa ser confirmado. Enquanto isso não ocorre, as buscas em outras áreas foram mantidas. “Até que tenhamos a certeza de que localizamos o MH370, as operações continuarão nos dois corredores”, declarou o ministro dos Transportes, Hishammuddin Hussein.
Sumiço
O Boeing 777-200 fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim, com 239 pessoas a bordo – a maioria chineses – quando perdeu contato pelo rádio, na madrugada do dia 8 de março.
Segundo a investigação, após a perda de contato o avião ainda voou por várias horas, alterando direção e altitude.
As autoridades malaias consideram “intencionais” a desativação dos sistemas de comunicação do Boeing e a mudança radical de sua trajetória.
A alteração de rumo não aconteceu de modo manual, e sim por meio de um código de informática possivelmente programado por uma pessoa na cabine de comando graças ao Sistema de Gestão de Voo (FMS) utilizado pelos pilotos, confirmaram investigadores americanos citados pelo jornal “New York Times”.
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