Agronegócio

Atraso na moagem de cana caiu para 10% na primeira quinzena de junho

Estimativa é do diretor executivo da Unica, Antônio de Pádua. Dados da safra 2017/2018 devem ser atualizados na quarta-feira

As usinas de açúcar e etanol reduziram em parte o atraso na moagem de cana em relação à safra passada na primeira metade de junho. A afirmação foi feita, nesta terça-feira (27/6), por Antônio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), que representa a indústria do Centro-sul.

Pádua não detalhou os números do processamento da matéria-prima no ciclo 2017/2018, que devem ser atualizados nesta quarta-feira (28/6). No relatório anterior, com dados até o dia primeiro de junho, o atraso de uma safra para outra estava em 20,89%, com uma moagem de 111,84 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul. Segundo o executivo, com o trabalho feito até o dia 15 deste mês, a diferença caiu para 10% no acumulado desde abril.

“Houve uma boa recuperação da moagem. Ainda está menor que na safra passada, mas a primeira quinzena de junho foi boa”, resumiu o diretor técnico da Unica, durante o Ethanol Summit, promovido pela entidade, em São Paulo (SP).

Também sem detalhar os números, o executivo da Unica disse ainda que, na primeira quinzena de junho, as usinas mantiveram o mix de produção mais voltado para o açúcar em relação à safra passada. A indústria ainda tem que cumprir contratos de exportação fechados anteriormente.

“Em abril e maio, as usinas tinham produzido menos. Moeram pouco. A moagem maior na primeira quinzena de junho é uma recuperação dessa produção”, acrescentou Pádua, citando estimativas de consultorias, segundo as quais entre 60% e 70% da safra já estariam previamente contratados.

O relatório anterior, até primeiro de junho, mostrava um aumento da proporção de matéria- prima destinada ao açúcar, de 42,55% para 45,15%. A parcela destinada ao etanol caiu de 57,45% para 54,85% na parcial.

De acordo com Pádua, parte desse mix mais açucareiro é reforçado por pelo menos seis usinas que antes eram autônomas: produziam apenas etanol e passaram e se voltaram também para a commodity.

A partir do momento que todo o açúcar contratado estiver produzido, a parcela de cana-de-açúcar destinada à produção de etanol deve voltar a crescer, disse Pádua.  Primeiramente, acrescentou, a migração do mix de produção será voltada para o etanol anidro, que é misturado à gasolina.

“O mercado em 2017 é crescente e arbitragem vai ser concentrada no anidro. A janela de importação vai se reduzindo e a produção sobe, com maior oferta de anidro”, explicou.

Fonte: Globo Rural

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