Quem ganhou a semifinal por 7 a 1, enfrentando o time dono da casa, tem mais é que ser favorito na final da Copa do Mundo. Este é quase o pensamento da seleção argentina às vésperas da decisão do Mundial, no domingo. Os jogadores dirigidos por Alejandro Sabella admitem que empurrar o favoritismo para os europeus pode ajudar no Maracanã.
A ideia é a seguinte: com a Alemanha sendo favorita, fica pressionada a jogar. A atacar. A Argentina, sendo quase uma zebra, entra em campo sem tanta obrigação e aí pode surpreender. Ou ter uma margem maior para tentar isto.
“Por um lado nos serve que a pressão seja toda deles”, comentou Agüero. “Mas nós não chegamos por acaso na final”, completou depois, desconversando sobre a tática pré-jogo.
O grande ponto para a discussão sobre o favoritismo antes da decisão está no resultado obtido na semifinal. Enquanto a Alemanha humilhou o Brasil, no Mineirão, a seleção de Sabella precisou ir até os pênaltis para eliminar a Holanda.
“O jogo contra a Holanda foi muito tático de nossa parte. Jogos assim se ganha no detalhe e fizemos isto, crescemos ao longo da competição e fomos bem na semifinal. É preciso ser inteligente e fomos”, opinou o meia Maxi Rodríguez.
A favor da Argentina pesa o histórico recente da defesa. Contra Suíça, Bélgica e Holanda o goleiro Romero não foi vazado. Um salto importantíssimo de rendimento para uma equipe definida como frágil do meio-campo para trás.
“Quando se chega neste momento ser favorito ou não dá no mesmo. Isto fica na rua. As duas seleções têm responsabilidade de chegar ao lugar mais alto”, desconversou Maxi.
A Argentina, de volta a uma final após 24 anos, treina nesta sexta-feira na Cidade do Galo com portões fechado. No sábado pela manhã viaja para o Rio de Janeiro e no final da tarde reconhece o gramado do Maracanã. No domingo, às 17h, põe à prova o status de zebra e favorita na final do Mindial.
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