Cercada de lixo, com água suja e muito criticada. A Baía de Guanabara foi a única arena olímpica entregue sem estar “concluída” — a promessa de deixá-la 80% despoluída para os Jogos Olímpicos não foi cumprida. Mas, agora, não adianta reclamar. Nesta segunda, a partir das 13h, quando começam as competições de vela, os problemas terão que ser deixados de lado.
Robert Scheidt, na classe Laser; Fernanda Decnop, na Laser Radial; Patricia Freitas, na RS:X feminina; e Ricardo Winicki, o Bimba, na RS:X masculina, serão os primeiros brasileiros a levar seus barcos da Marina da Glória para a água em busca de medalhas. Campeão mundial e Pan-americano, o carioca Bimba sonha com o primeiro pódio olímpico, aos 36 anos, mais de 20 dedicados ao esporte.
— É a única medalha que me falta, e a mais difícil de conseguir. Se eu chegar entre os dez, ficarei feliz. Mas, se ganhar uma medalha, vai ser difícil segurar a emoção. Bebo até a água da Baía da Guanabara, coisa que já faço desde os 11 anos — brinca ele, com seu jeito de surfista e uma forma serena de falar: — Minha felicidade por qualquer medalha, independente da cor, será grande.
Em sua quinta edição de Olimpíada, Bimba não diz se esta será a última:
— Tenho muita vontade de me aposentar para cuidar do meu projeto social, mas competir é minha vida. Posso estar velho em Tóquio, com 40 anos. Mas vou avaliar. Enquanto estiver ganhando e motivado, vou continuar.
Fonte: EBC
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