Ao liderar Portugal à segunda decisão de Eurocopa na história, Cristiano Ronaldo aproximou-se ainda mais da quarta Bola de Ouro da carreira. Na vitória por 2 a 0 sobre Gales, na última quarta-feira (6), nas semifinais, CR7 deu assistência para o gol de Nani e abriu o caminho da vitória – igualando-se a Michel Platini como maior artilheiro da competição europeia, com 9 gols.
Se não apresentou futebol espetacular até aqui, Ronaldo marcou seus três gols na França em momentos decisivos. Os dois primeiros foram contra a Hungria, no último jogo da fase de grupos, cujo empate por 3 a 3 deu a vaga a Portugal no mata-mata. E voltou a decidir contra Gales, sendo que havia participado do gol de Quaresma na prorrogação contra a Croácia nas oitavas e convertido sua cobrança na disputa de pênaltis contra a Polônia nas quartas.
Mesmo se não conquistar o título inédito com Portugal, que será decidido contra a anfitriã França ou a campeã mundial Alemanha, Cristiano deixará a impressão que ninguém foi melhor que ele em 2016. Microfone atirado no lago, pênalti perdido e festival de furadas na Euro? Ficou para trás, ninguém lembrará.
CR7 foi artilheiro e campeão da Liga dos Campeões com o Real Madrid e viu o eterno rival Lionel Messi falhar na missão de conquistar seu primeiro título com a Argentina. De quebra, ofuscou Gareth Bale, outro possível rival na disputa de melhor do mundo, nas semifinais contra Gales. Entre os grandes nomes do futebol mundial que terminaram bem a temporada europeia, sobraria Luis Suárez, artilheiro do Barcelona e que não conseguiu jogar a Copa América Centenário.
Diante de tal cenário, o favoritismo de Cristiano ao prêmio de melhor do mundo logo ganhou coro. Para André Rocha, blogueiro do UOL Esporte, a Bola de Ouro 2016 já é dele. Na opinião de Julio Gomes, também blogueiro da casa, Ronaldo não precisa provar mais nada a ninguém e tem a chance de tirar de si a sombra que paira sobre Messi – a falta de um título profissional com sua seleção.
Caso confirme as previsões dos especialistas, Cristiano chegará à quarta Bola de Ouro da carreira. Dessa forma, ultrapassaria nomes do quilate de Ronaldo Fenômeno e Zinedine Zidane, ambos com três. E ficaria assim a apenas uma de Lionel Messi, com cinco. Pelé, que segundo revisão histórica da revista FranceFootballteria sete Bolas de Ouro, é outra história.
A missão de levar Portugal ao cume da Europa pela primeira vez não é fácil, ainda mais diante das favoritas França e Alemanha. Cristiano já sentiu o sabor amargo do vice-campeonato europeu, em casa, contra a Grécia, em 2004. Na ocasião, ele deixou o gramado aos prantos nos ombros do então técnico Luís Felipe Scolari. Dessa vez, se perder, Ronaldo tem todo direito de ficar triste e chorar, mas logo terá um bom motivo para sorrir: já virou o grande favorito à Bola de Ouro 2016.
Fonte: Uol Esporte
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