Agência Nacional de Vigilância Sanitária anuncia decisão com base em estudos feitos no exterior. Imunizante também já recebeu aval para uso em crianças na Europa, nos EUA e no Canadá.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta sexta-feira (11/06) que autorizou o uso da vacina da Pfizer-Biontech contra a covid-19 em crianças acima de 12 anos de idade.
A agência disse ter tomado a decisão após a análise de estudos feitos fora do país que mostraram que a vacina é segura e eficaz para a faixa etária.
A vacina da Pfizer foi a primeira a receber o registro definitivo no Brasil, no fim de fevereiro, mas começou a ser aplicada no país somente no início de maio.
Seu uso já era autorizado no país em pessoas acima de 16 anos. Até o momento, esta é a única entre as vacinas autorizadas no Brasil com indicação para menores de 18 anos.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) anunciou no fim de maio recomendar o uso da vacina da Pfizer em crianças acima de 12 anos, acompanhando decisões semelhantes anunciadas no mês anterior por reguladores no Canadá e nos EUA. A vacina da Pfizer também foi a primeira a conseguir autorização na União Europeia, em dezembro passado, para aplicação em maiores de 16 anos.
A maioria das vacinas contra covid-19 no mundo foi autorizada para adultos, que correm maior risco de desenvolver quadros mais graves e morte por causa do coronavírus. Mas vacinar menores pode ser fundamental para impedir surtos, já que algumas pesquisas mostraram que crianças podem desempenhar um papel na disseminação do vírus, embora a maioria delas normalmente não desenvolva um quadro grave de covid-19.
Especialistas têm dito que as crianças terão que ser vacinadas para alcançar um índice de 70% a 85% da população imunizada, necessário para garantir a imunidade coletiva.
Eficácia em adultos
Segundo um estudo da Pfizer e da Biontech divulgado no início de abril, a vacina contra a covid-19 permanece 91,3% eficaz em evitar o contágio pelo coronavírus por pelo menos seis meses após a aplicação da segunda dose.
De acordo com as empresas, o imunizante mostrou 100% de eficácia na prevenção de casos graves até seis meses após a administração da segunda dose, conforme critérios do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).
A eficiência da vacina da Pfizer foi comprovada também no “mundo real”, ou seja, numa campanha de vacinação em andamento. No Reino Unido, um estudo com amostras de 1,6 milhão de vacinados mostrou que o imunizante tem em média eficácia superior a 90% em evitar infecções sintomáticas.
A vacina contra a covid-19 da Pfizer-Biontech, além disso, funciona contra a variante brasileira do coronavírus, segundo um estudo feito em laboratório e publicado em março na revista científica New England Journal of Medicine.
FONTE: DEUTCHE WELLE
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