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Animais atolados na lama estão sendo executados pela PRF a tiros

Ação da PRF é questionada por institutos de defesa dos animais e classificada como ‘cruel’ e ‘inaceitável’

Animais atingidos pela ruptura da barragem da Vale em Brumadinho, na última sexta-feira, estão sendo sacrificados a tiros. Na segunda-feira 28, um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) alvejou animais que estavam ilhados na lama. Segundo ativistas de defesa dos animais, em meio a helicópteros que faziam o resgate de vítimas, um sobrevoava bem baixo para atirar nos animais. Eram feitos cerca de cinco disparos em vacas que estavam atoladas na lama.

A Polícia Rodoviária Federal confirmou a ação. “O procedimento de sacrifício (eutanásia) dos animais, objeto deste questionamento, foi realizado com o atendimento de todos os protocolos de segurança aplicáveis ao caso, a pedido e sob a coordenação de uma veterinária, integrante do Conselho de Veterinária de Minas Gerais e supervisionado pelo comando das operações de resgate.”

A PRF não respondeu se a ação vai continuar nem quantos animais foram abatidos a tiros. O Conselho de Medicina Veterinária de Minas Gerais não respondeu os questionamentos de VEJA até a publicação.

Os ativistas de defesa dos animais, no entanto, questionam a forma com que o sacrifício dos animais está sendo feito. “Essa não é a maneira correta de sacrificar um animal que já está com muito sofrimento. A única coisa que justifica é eles estarem querendo brincar de tiro ao alvo”, disse a apresentadora e defensora dos animais Luisa Mell. “Nós sabemos que será preciso fazer eutanásia em alguns animais, porém, é preciso dignidade para isso. O que está acontecendo é inaceitável.”

Luisa diz que chegou na segunda a Brumadinho com o intuito de fazer um sobrevoo para identificar áreas onde estão os animais para que grupos e veterinários voluntários possam tentar resgatá-los. Porém, foi impedida. “Toda hora era uma desculpa diferente para não me deixarem subir no helicóptero. Agora descobrimos o motivo. Eles tem coisa para esconder”, afirmou.

Luciana Trindade, do instituto EcoAnimal, também reclama da maneira com que a eutanásia dos animais está sendo feita. “Atirar desse jeito nem pode ser chamado de eutanásia. No domingo um helicóptero com uma veterinária sobrevoou baixo para que ela pudesse aplicar uma injeção e assim o animal deixar de sofrer. Agora atirar até acertar é cruel”, disse.

FONTE: VEJA.COM

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