Equipes irão monitorar cinco usinas, incluindo a de Zaporizhzhia, atualmente sob ocupação do exército russo
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), da ONU, enviará missões para garantir a segurança de cinco centrais nucleares da Ucrânia, incluindo a de Zaporizhzhia, atualmente sob ocupação do exército russo — informou o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, nesta terça-feira (13).
“As missões têm por objetivo garantir a segurança das centrais e registrar qualquer impacto procedente do exterior, em particular os ataques dos agressores russos”, escreveu o primeiro-ministro ucraniano no Telegram, após uma reunião em Paris com o diretor da AIEA, Rafael Grossi.
Embora não tenha divulgado um calendário nem o tamanho das missões, a AIEA já tem especialistas em Zaporizhzhia, a central nuclear mais sensível pela proximidade com a linha de frente e a ocupação russa.
De acordo com Shmyhal, os especialistas da AIEA viajarão a Zaporizhzhia, Rivne, Khmelnytsky, Pivdennukrainsk e Chernobyl, que os russos ocuparam por alguns dias no início da invasão da Ucrânia em fevereiro.
“Isto aumentará em grande medida a segurança técnica e tecnológica das instalações”, afirmou. Shmyhal também declarou que a prioridade da Ucrânia é a “desmilitarização” da central de Zaporizhzhia, a maior da Europa.
Russos e ucranianos trocam acusações há vários meses sobre os bombardeios contra a usina, um confronto que provoca o temor de uma catástrofe.
Neste contexto, o primeiro-ministro ucraniano disse que o presidente francês, Emmanuel Macron, assumiu uma posição de liderança no plano de preparação da paz do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski.
“O primeiro ponto é a segurança nuclear, a desmilitarização da usina nuclear de Zaporizhzhia e a operação segura das outras centrais nucleares. A França é muito ativa nessa questão”, afirmou, em entrevista coletiva durante a conferência internacional de apoio à Ucrânia.
Antes de se encontrar com Shmyhal à margem da conferência em Paris, Grossi declarou, por sua vez, que buscava “um acordo envolvendo o lado russo para proteger a central” de Zaporizhzhia. “Continua em uma situação muito precária”, alertou.
FONTE: AFP
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