Paulo Klein disse que a decisão foi tomada por questões de ‘foro íntimo’.
O advogado de Fabrício Queiroz resolveu deixar a defesa do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, mostrou a GloboNews, nesta quinta-feira (19).
Em nota, Paulo Klein disse que a decisão foi tomada por questões de “foro íntimo”. Mesmo assim, o advogado afirmou ter convicção da inocência de Fabrício Queiroz e da família do ex-assessor.
Também nesta quinta, a defesa do senador Flávio Bolsonaro solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão das investigações contra ele.
O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes, que pode analisar as circunstâncias da solicitação mesmo durante o recesso. O pedido está em segredo de Justiça.
Agora, Flávio Bolsonaro quer liminar (decisão provisória) para suspender a apuração do Ministério Público Estadual do Rio. A defesa do senador pede o trancamento da investigação, ou seja, o arquivamento.
‘Rachadinha’
Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, é investigado por suspeita de ter montado um esquema de “rachadinha” quando era deputado estadual do Rio.
A prática da chamada “rachadinha” se dá quando um parlamentar exige de servidores comissionados no gabinete a devolução de parte dos salários. A defesa de Flávio Bolsonaro nega que ele tenha montado esquema do gênero.
A investigação sobre Flávio Bolsonaro ficou paralisada por cerca de quatro meses por decisão do Supremo.
A defesa argumenta que houve quebra de sigilo sem autorização judicial no compartilhamento pelo então Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – atual Unidade de Inteligência Financeira (UIF) – com o Ministério Público de informações sobre o senador.
O caso ficou suspenso até o Supremo decidir sobre os critérios do compartilhamento. Depois que o STF validou o modelo de repasses de relatórios do Coaf para o Ministério Público, a apuração no Rio foi retomada.
Dinheiro ‘vivo’ na conta de corretor
O relatório do Ministério Público Estadual do Rio afirma que o senador depositou R$ 638,4 mil em dinheiro vivo na conta de um corretor e assim ocultou ganho ilícito com as chamadas “rachadinhas”.
O relatório do MP faz parte do pedido de busca e apreensão realizada nesta quarta-feira (18) contra 24 alvos, entre os quais Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, e parentes dele e de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro.
FONTE: GloboNews
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