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A impressionante lavanderia irregular que até o Estado defende

Como uma empresa sem documentação conseguiu ficar desde 2012 com um contrato para o qual ela não possui qualificação? Até a Procuradoria saiu em defesa da Lumiar, empresa da esposa do chefe da Casa Civil do governo de Rondônia

O que falta?

Ainda não sei qual a parte da história que Dilma e sua turma não entenderam em relação à crise econômica que assola apenas o Brasil. As pessoas não querem mais o PT, elas perceberam que foram enganadas. Dilma mentiu descaradamente na campanha, negando os problemas que teríamos pela frente exatamente por ela não saber lidar com a economia. A bolha estourou e vazou caca para todos os lados. O problema que está melando quem não tem nada a ver com isso, as camadas mais baixas da população. O Brasil é composto por três camadas sociais, os muito ricos (donos de bancos e corporações), a classe média (funcionários públicos e empresários) e os mais pobres.

E é ai

Que o problema começa de fato. Os muito ricos migram suas fortunas para outras economias e ganham mais dinheiro com a nossa crise. Prova disso foram os lucros obscenos dos bancos em 2015. A classe média paga a conta dos programas sociais e é responsável pela maior parte da arrecadação da ridícula máquina administrativa brasileira e os mais pobres agora estão ficando sem empregos e sem bolsas. E vão ficar em situação ainda muito pior. O governo petista teve 13 anos (agora entrando no 14) para promover igualdade não através de bolsas, mas de programas sólidos, qualificação, incentivo a micro e pequenos e não o fez. Com isso, voltamos à estaca zero. O modelo neoliberal é mais honesto nesse sentido. O populista, como estamos vendo, não se sustenta.

Taxas exorbitantes

Mas enquanto nós, pobres mortais reclamamos da crise, os bancos e operadoras de cartão de crédito vão muito bem. Em janeiro ela fechou em 14,56%, atingindo a maior alta desde outubro de 1995. No primeiro mês do ano, as taxas de juros das operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas subiram pelo 16º mês consecutivo. O juro médio para pessoa física subiu 0,11 ponto percentual em janeiro, para 7,67% ao mês (142,74% ao ano), a maior taxa de juros desde fevereiro de 2005.

Enquanto isso

Lauro Jardim, de O Globo, nos informa que nos últimos doze meses, 1,2 milhão de brasileiros (de um total de 40 milhões) cortaram seus planos de saúde, de acordo com dados das seguradoras. Isso comprova que o brasileiro está cortando despesas como pode. Só mantém plano quem tem gente com problemas sérios de saúde na família. O restante aposta na sorte.

Na contramão

Mesmo com esses números, o “senador das pedaladas”, Acir Gurgacz envia release às redações (e deve ser manchete de seu jornal Diário da Amazônia nesta terça), que ele, Gurgacz, “prevê queda dos juros e retomada do crescimento ainda neste ano”. E ele justifica essa, digamos, “premonição” alegando que “com a mudança no Ministério da Fazenda e os ajustes na política econômica, nossa expectativa é o setor produtivo e as pessoas possam ter acesso ao crédito com juro mais baixo, facilitando investimentos, e que nossa economia volte a crescer a partir de agosto ou setembro deste ano”. Falta ele explicar isso aos bancos. Vá lá você fazer um empréstimo e diz que é para gerar empregos…

Já O Antagonista

Afirma que “ao adiar o anúncio do corte de gastos para março, o governo quer ganhar a confiança do mercado, fingindo que tem um plano consistente para tirar o país da crise. O único plano que Dilma Rousseff tenta esboçar é para escapar do impeachment ou da cassação. Nada a ver com os bons fundamentos da economia. Pelo contrário”. Aqui no PAINEL POLÍTICO a gente tem a mesma certeza. É só para ganhar tempo.

Há…a impunidade

Natan Donadon está retumbante. Ele conta os dias para voltar a “cidade clima”, onde vai trabalhar em uma casa de pesca de seu cunhado e à noite vai dormir em casa. Ele cumpriu 3 anos de uma sentença de 14 anos e 3 meses por desviar mais de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa. Falta apenas o parecer de Rodrigo Janot, Procurador Geral da República para isso acontecer. Mas Donadon já comemora dando entrevistas por telefone. Pelo visto, é questão de tempo da “cidade clima” nos brindar com Donadon no Congresso.

Pode isso, Arnaldo?

Uma licitação, uma ação judicial e dois alvarás (que não servem para nada). O caso envolve a empresa Lumiar Consultoria e Administração LTDA, que pertence a esposa do Chefe da Casa Civil, Emerson Castro e a sogra do Procurador do Estado Glauber Luciano Gahyva. Em uma licitação de 2012, a Lumiar não tinha documentação necessária para atender o processo 01.1712.01639.00/2012 de lavanderia hospitalar. Mesmo assim, apresentou um “alvará de funcionamento da saúde” com o ramo de “consultoria e administração”. Como foi recusado, por motivos óbvios, apresentou outro, com o mesmo número, expedido 5 meses depois, com outro ramo, esse de “lavanderia”.

Mas, o mais grave

É que nenhum dos dois permite que a Lumiar preste serviços de lavanderia hospitalar, e isso quem afirma é a própria vigilância sanitária. O alvará é para lavanderia doméstica e industrial, desde que não contenha resíduos humanos. E isso é seríssimo, porque um tecido contaminado pode infectar toda uma unidade. Aqui em Rondônia, até hoje, por exemplo, o estado não explicou as mortes dos 14 bebês na UTI pediátrica da maternidade do Hospital de Base, ocorridas em 2013. Roupas hospitalares devem seguir rígidos padrões de lavagem, feitas com produtos químicos e água fervente. Atualmente apenas duas lavanderias em todo o Estado atendem essas exigências. Uma em Porto Velho e outra em Ji-Paraná. Elas trabalham com presídio federal, hospitais particulares, base aérea e exército, mas não conseguem trabalhar nas unidades do Estado.

Por incrível que pareça

Mesmo sem atender as exigências da lei, a lavanderia da esposa de Emerson Castro conseguiu manter o contrato até ano passado, quando a justiça determinou que a segunda colocada assumisse os serviços. Ai o Estado cancelou o processo. A empresa Lumiar é multi-tarefas. Realiza de café da manhã à serviços de lavanderia, passando por “consultorias” e hotelaria. Nada contra a diversificação de atividades, mas em nenhum país sério ela participaria de licitações em órgãos públicos quando o cônjuge da proprietária é agente político. A Lumiar e Emerson Castro sempre andaram juntos. Ela prestou serviços para a prefeitura de Porto Velho quando Emerson era vice-prefeito. Foi contratada na SEDES quando ele era secretário, na Seduc quando ele ocupou a pasta e por último no ramo de lavanderia, um mercado altamente qualificado, que exige investimentos altíssimos (daí a pequena quantidade de empresas no ramo). E ainda não tem documentação?

E mesmo assim

Estando toda errada, a Lumiar ainda foi defendida pela procuradora do Estado Taís Cunha que apresentou embargos de declaração em apelação no processo que determinou a saída da Lumiar exatamente por falta de documentos. No caso, o Estado se sujeitou a defender uma empresa operando nitidamente na irregularidade. Prova disso é que perdeu em todas as instâncias o processo. Para mais detalhes e documentos, CLIQUE AQUI!

Alô MP

Olhe com carinho esses contratos de lavanderia que estão sendo feitos. Os contratos são pagos por quilos de roupa. Se colocarem balanças, surpresas vão surgir.

Não é piada

Um secretário de estado foi pego na lei seca. Chamou outro secretário para socorrê-lo. O segundo estava tão embrigado quanto o primeiro. Ambos foram presos e saíram sob fiança. Aconteceu em Rondônia e não, não vou contar quem eram as peças.

14 de março

Foi marcado o depoimento do ex-presidente Lula com o juiz Sérgio Moro. O ex-presidente é testemunha de José Carlos Bumlai, aquele empresário que conseguiu um empréstimo milionário junto ao Banco do Brasil e nunca era cobrado.

Clínica Mais Saúde informa: Paracetamol na gravidez aumenta risco de bebê ter asma, diz estudo

Pesquisadores europeus encontraram evidências de que a asma pode ser, boa parte das vezes, causada pela exposição de mulheres grávidas ao paracetamol. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira, dia 10, no periódico científico “International Journal of Epidemiology”. Participaram da pesquisa cientistas das Universidades de Oslo e de Bristol, na Inglaterra. Eles analisaram dados do Estudo Norueguês Cohort da Mãe e da Criança e compararam associações entre o desenvolvimento de asma e o período de gestação de 114.500 crianças — com e sem o uso de paracetamol. Eles examinaram a ocorrência da asma estritamente aos 3 e 7 anos, avaliando a probabilidade de isso ser resultado de um dos três gatilhos mais comuns para o uso de paracetamol na gravidez: dor, febre e gripe. Os resultados mostraram que 5,7% das crianças tinham asma aos 3 anos, e 5,1% tinham asma aos 7. A pesquisa encontrou uma ligação consistente entre as crianças que têm asma aos 3 anos e que tenham sido expostas ao paracetamol durante a gravidez. A associação mais forte foi observada se, durante a gravidez, a mãe utilizou paracetamol por causa de mais de uma queixa diferente. No entanto, os autores do estudo fazem questão de frisar que as novas conclusões não implicam, automaticamente, quaisquer mudanças nas recomendações sobre o uso de paracetamol entre as mulheres grávidas.

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Gomes Oliveira

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