Resenha Politica

A cada eleição um autointitulado fiscal do povo aparece nas mídias sociais com denúncias estridentes, nem sempre honestas -Por Robson Oliveira

MENTIROSO

Ao desmentir o deputado federal coronel Crisóstomo (PL) sobre o envio de uma suposta emenda para o município de Porto Velho, e que teria retornado ao Tesouro Nacional por incompetência municipal, o prefeito Hildon Chaves não apenas negou o envio desses numerários como tascou a pecha de pinóquio no deputado. Trocando em miúdos para uma linguagem coloquial: para o prefeito da capital o coronel é um mentiroso, além de boquirroto.

ENGODO

As famosas emendas que tanto chamam a atenção dos órgãos de controle têm sido a única tarefa “legislativa” da maioria dos parlamentares. Essa parcela é conhecida nas coxias do Parlamento como baixo clero e que tem se notabilizado também pelas polêmicas em temas de costumes, família e retrocessos ambientais. Nas mídias sociais são vozes extremadas que polemizam sobre todos os temas da vida cotidiana, mas sem apontar de fato e concretamente uma produção legislativa que melhore a vida da população e do país. Daí sempre sobressaem as emendas que nem sempre chegam ao destino, embora o parlamentar divulgue o engodo.

INGRATO

O Conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado, Benedito Alves, pré-candidato a prefeito da capital pelo Solidariedade, é o único que está com peças publicitárias de pré-campanha nas redes sociais na tentativa de massificar sua pretensão ao eleitor da capital. Oriundo do município de Ouro Preto do Oeste, o pré-candidato exerceu várias atividades profissionais até ser convocado pelo ex-governador Confúcio Moura (MDB) para exercer cargo de Secretário de Estado e, logo depois, indicado para uma vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas. A partir daí fixou residência em Porto Velho.

SURPRESA

Ao requerer aposentadoria do TCE relativamente novo, causou surpresa a todos, especialmente ao ex-governador Moura que o indicou e revelou em privado que desaprovou a falta de consideração em não o avisar do ato. Uma atitude de ingratidão, uma vez que Benedito Alves não era o primeiro do ex-governador para ser indicado à vaga no TCE. Foi indicado por circunstâncias alheias ao que almejava Confúcio Moura e por estar no lugar certo no momento oportuno.

LIMITADO

Bené (como é conhecido entre os próximos) é uma daquelas pessoas voluntariosas com a crendice de que o destino lhe reserva algo ainda maior, razão pela qual sonha com a cadeira de Hildon Chaves com a mesma devoção que expressa nos cultos em que faz campanha. O problema é que as peças e o voluntarismo não têm contribuído para que a pretensão decole e se consolide entre os concorrentes mais bem pesquisados e patina com índices mínimos nos percentuais até aqui divulgados. Além disso, não teve uma passagem brilhante no TCE que o destacasse na jurisprudência interna. Mas conseguiu dar uma certa contribuição no resgate da imagem daquela corte. Bené é limitado na política, assim como é pobre o conteúdo da pré-campanha, embora seja um gentleman no trato pessoal.

BLEFE

Em duas colunas atrás cravei aqui que a pré-candidatura a prefeito de Marcelo Cruz, presidente da Assembleia Legislativa, seria um blefe. Pelo intuitivo deste observador da cabeça chata os movimentos do parlamentar estariam mais para alargar seus espaços de influência em outras postulações do que uma própria candidatura na capital. Ainda tenho a convicção de que ele não será candidato, apesar de ele ter tomado gosto pelo que seria um blefe. Mas a coluna apurou que Cruz teria firmado um compromisso com um outro postulante à sucessão do Hildon Chaves e que, próximo às convenções, após uma pesquisa encomendada pelos dois, o melhor posicionado receberia a adesão do outro. Um blefe que pode evoluir para um truco.

ARIQUEMES

Semelhante a capital, Ariquemes é outro colégio eleitoral que desenha uma disputa acirradíssima entre a atual prefeita, Carla Redano, e o ex-vereador Rafael Fera. São desafetos na política e no convívio social porque Fera acusa Redano de ser a mentora junto aos vereadores da cassação do seu mandato na edilidade municipal. Uma cassação realmente contestável juridicamente, que tem o condão de inabilitá-lo a concorrer a qualquer cargo público por oito anos. Se conseguir registar a candidatura, Fera tem condições de estraçalhar a reeleição de Carla Redano.

AZEDUME

Outro que pode aumentar os adjetivos de baixo calão dessa briga pelo paço ariquemense é o ex-senador Ernandes Amorim, que anunciou a candidatura. É outro encalacrado até o pescoço com a lei da ficha limpa. É uma dose amarga do passado, insuportável no presente e dispensável no futuro, que o eleitor ariquemense não merece.

EXPERIÊNCIA

Prevendo uma campanha acima da linha da cintura pelas pré-candidaturas que estão sendo lançadas em Ariquemes, o experiente e matreiro senador Confúcio Moura está habilitando no MDB a professora Agna Souza para ser o diferencial nesta campanha de impropérios que se avizinha e pode surpreender os atuais pré-concorrentes. Moura é um político habilidoso nos bastidores e careca em vencer eleição. Mesmo com idade avançada, o senador está com o rastreamento do MEEM dentro dos conformes: orientação, registro, atenção, cálculo, recuperação e linguagem, tão sadio quanto os mais jovens. Cognição e experiência serão um reforço que Confúcio Moura dará à campanha da pupila emedebista. Que andam ficando “veios” e velhacos são os extremistas.

CRETINOS

A cada eleição um autointitulado fiscal do povo aparece nas mídias sociais com denúncias estridentes, nem sempre honestas, com o objetivo de chamar a atenção das pessoas para sua candidatura. São candidatos que aparecem somente para fazer barulho e não hesitam em utilizar das mais absurdas técnicas de manipulação visando tão somente votos. Para isto, se apresentam como fiscais do povo. Após as eleições, saem de férias até a próxima campanha. São cretinos dessa espécie que afastam as boas pessoas da política, abrindo espaços para os maus políticos.

REPROGRAMADO

Por razões logísticas, semana passada não ouvimos o barulho dos temporais que tanto antecipamos. Para não errar de novo, aguardemos os sons que se anunciam com as previsões de chuvas torrenciais a qualquer momento, o que nem a coluna consegue prever. Mas a cada estação o tempo muda.

 CLICK

Algumas autoridades políticas da capital estão sendo clicadas pelo vai e vem a um logradouro da Rua Reverendo Elias Fontes, no Bairro Agenor de Carvalho. O casebre de fundos de quintal deste endereço é meio insalubre e pouco recomendado para quem tem pejo em contrair problemas futuros. Embora alguns acessem o local de UBE, pelo menos dois saíram de Land Rover. Ninguém sai dali de mãos vazias.

Coluna Resenha Politica – Por Robson Oliveira

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