Com a medida, número de incentivos cortados neste ano cai de 11,8 mil para 8,6 mil, atingindo cerca de 9% do total ofertado no início do ano
O ministro da Educação, Abraham Weintraub , anunciou que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ( Capes ) reativará 3.182 bolsas vinculadas a cursos de pós-graduação com as notas máximas (5 a 7). Com isso, o número de incentivos cortados pela agência de fomento neste ano cai de cerca de 11,8 mil para 8,6 mil – equivalente a aproximadamente 9% do total de bolsas de pós ofertadas pelo órgão no início deste ano.
Weintraub informou que obteve recursos para garantir a reativação das bolsas ainda este ano em reunião com integrantes do Ministério da Economia nesta terça-feira. Em 2019, as 3.182 bolsas representarão um investimento de R$ 22,4 milhões. Segundo ele, as bolsas já estarão sendo ofertadas “a partir de amanhã”.
O MEC anunciou ainda ter obtido mais R$ 600 milhões para o orçamento da Capes no ano que vem, que sofreu uma queda expressiva, de cerca de 50% na proposta orçamentária enviada ao Congresso, em relação aos R$ 4,2 bilhões de dotação deste ano.
Com o dinheiro extra, segundo o presidente da Capes, Anderson Correia, será possível garantir em 2020 todas as bolsas atualmente vigentes e mais as 3.182 que serão reativadas. No total, a fundação ligada ao MEC tem atualmente cerca de 92 mil bolsistas de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e 119 mil de formação de professores da educação básica. Novos editais para o ano que vem, no entanto, ainda não estão garantidos.
– Outras negociações estão em andamento para garantir novas bolsas – disse Correia, que participou da coletiva.
O ministro da Educação afirmou que a prioridade foi reativar bolsas de cursos de pós-graduação com as melhores notas “porque são os que dão maior retorno para a sociedade”. Weintraub reclamou de matérias na imprensa sobre os impactos dos cortes de bolsas para a ciência, dizendo se tratar de “terror e pânico que em nada ajuda”. E se mostrou incomodado com a publicação de um ofício , nos veículos de comunicação, enviado por ele ao Ministério da Economia com erros de português, como “paralização”, cuja grafia correta é “paralisação”.
– Saiu do MEC é meu o erro, apesar de que não fui eu que escrevi – assinalou.
FONTE: O GLOBO
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