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Acusado pela PF, Maia é investigado em outros casos por repasses de empreiteiras

Para a Polícia Federal, pagamentos da Odebrecht e da OAS ao presidente da Câmara e seu pai, Cesar Maia, teriam sido feitos em forma de propina, caixa dois e caixa três

Enviado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Procuradoria-Geral da República (PGR) na semana passada, o relatório da Polícia Federal sobre supostos repasses de R$ 1,4 milhão da Odebrecht aRodrigo Maia (DEM-RJ) não trata da única investigação em curso que mira o presidente da Câmara dos Deputados

Sob responsabilidade da PGR, há outros dois casos em que se apura a possibilidade de Maia ter recebido valores em forma de propina e caixa dois da OAS e de ter prestado favores à empreiteira.

O procedimento mais antigo é um inquérito concluído pela PF em 2017, ainda sob a gestão do procurador-geral Rodrigo Janot. Nele, os investigadores identificaram indícios de que Maia teria cometido os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao prestar “favores políticos” e defender interesses da OAS no Congresso em 2013 e 2014. A contrapartida teria sido a doação de R$ 1 milhão para a campanha eleitoral do pai, Cesar Maia (DEM-RJ), ao Senado. Rodrigo Maia, no entanto, nega que isso tenha ocorrido.

Levado ao conhecimento da PGR há mais de dois anos, o relatório não foi arquivado ou chegou a ser transformado em denúncia durante a gestão da procuradora-geral Raquel Dodge. Em janeiro deste ano, havia diligências pendentes, segundo a assessoria do órgão, e por isso o caso ainda não havia prosseguido. Agora, questionada por ÉPOCA, a PGR ainda não respondeu como está o andamento da investigação.

Há ainda um procedimento investigativo instalado pela PGR no início do ano com base nas delações da OAS.  Ex-executivo do setor de propinas da construtora, o delator Adriano Santana acusou Maia de ter recebido repasse de caixa dois para abastecer sua campanha eleitoral à prefeitura do Rio de Janeiro em 2012. Santana afirmou que houve um acerto da OAS com Maia para o repasse de R$ 250 mil, via caixa dois, sendo que apenas R$ 50 mil teriam sido efetivamente pagos. Maia nega, e a PGR, por sua vez, não informou em qual fase está o procedimento.

MAIS RECENTE

O relatório da PF que chegou ao Supremo nesta segunda-feira indica supostos pagamentos de “caixa três” a Rodrigo Maia e ao pai dele, Cesar Maia , que somariam pelo menos R$ 1,4 milhão. O documento contém dados de uma perícia em discos rígidos da Odebrecht, que mostrou a execução dos pagamentos aos codinomes atribuídos aos dois: “Botafogo” e “Inca” para o presidente da Câmara e “Despota” para o ex-prefeito do Rio.

Aos dois são atribuídos os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro por supostamente terem solicitado e recebido repasses da construtora. Em relação a esse caso, Maia afirma que não recebeu doações de forma ilegal e que o relatório foi elaborado com base em depoimentos e provas produzidas por delatores.

FONTE: ÉPOCA

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Marcio Martins martins

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