Minas Gerais vai parar nos dias 12 e 26 de novembro. A razão é simples: Cruzeiro e Atlético-MG se enfrentam pela primeira vez em uma decisão de torneio nacional. A final da Copa da Brasil de 2014 opõe os dois maiores rivais, que sofreram para conseguir passar pelas semis.
No Mineirão, o Galo repetiu exatamente o feito heroico das quartas de final, contra o Corinthians. O Flamengo, que havia vencido a partida por 2 a 0, saiu na frente com gol de Éverton. Mas a fanática torcida alvinegra empurrou o time, que marcou quatro vezes – com Carlos, Maicosuel, Dátolo e Luan – e conseguiu o placar que precisava para chegar à decisão.
O Cruzeiro também afligiu seus torcedores antes de carimbar a vaga na final. A Raposa levou uma vantagem de 1 a 0 à Vila Belmiro, para o duelo de volta contra o Santos. Em casa, o Peixe saiu na frente logo no primeiro minuto, com Robinho. Marcelo Moreno não demorou a empatar. Mas o time da casa fez mais dois gols, com Gabriel (de pênalti) e Rildo. Só que no fim da partida apareceu a estrela de Willian, que foi à rede em duas oportunidades – a primeira delas aos 35 – e colocou o Cruzeiro na decisão.
Estar na final da Copa do Brasil não é novidade para o Cruzeiro, que decidiu o torneio em quatro anos. Em 1993, 1996, 2000 e 2003, a Raposa se sagrou campeã. A única derrota aconteceu em 1998, contra o Palmeiras. A equipe de Marcelo Oliveira busca o quinto troféu para ultrapassar o Grêmio e se tornar a maior vencedora da competição. Do outro lado, estar na decisão da Copa do Brasil é um feito inédito. As melhores participações do Atlético-MG no torneio nacional foram em 2000 e 2002, quando alcançou as semifinais. Na primeira ocasião, o Galo foi eliminado pelo São Paulo (que acabou derrotado pelo Cruzeiro na final). Na segunda, o Alvinegro era favorito absoluto, mas decepcionou contra o Brasiliense.
É apenas a segunda vez na história do torneio disputado desde 1989 que duas equipes do mesmo Estado se encontram na decisão. Em 2006, na única vez que isso havia ocorrido, Flamengo e Vasco duelaram e o Rubro-Negro levou a melhor, com duas vitórias (2 a 0 e 1 a 0).
Decisões entre equipes conterrâneas não são raras apenas na Copa do Brasil. No Brasileirão, desde 1971, somente em oito oportunidades times do mesmo Estado se enfrentaram (1978, 1984, 1986, 1990, 1991, 1992, 1994, 2002). Cinco foram duelos paulistas e três, cariocas.
Política em campo
Se não bastasse a rivalidade natural entre as principais equipes de Belo Horizonte, ainda há um aspecto político para apimentar a decisão. A final da Copa do Brasil colocará de um lado o time da presidente eleita Dilma Rousseff, que é atleticana, contra a equipe do candidato que ficou em segundo, o cruzeirense Aécio Neves.
Fonte: Band Esportes
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