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Ebola: Brasil fará triagem com passageiros de Guiné, Serra Leoa e Libéria

Como medida de controle, o Brasil fará uma triagem com os passageiros que chegarem de Serra Leoa, Guiné e Libéria. Os três países passam por um surto de ebola. Os passageiros terão a temperatura aferida por método não invasivo e responderão a um questionário. Somente após passar pelo processo, a pessoa receberá de volta o passaporte e poderá seguir viagem. A identificação do itinerário será feita por meio dos dados do passaporte ou pelo próprio passageiro.

Segundo o secretário de vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, as medidas começaram nesta sexta-feira, em Guarulhos. Outros cinco aeroportos, inclusive o de Brasília, passarão a fazer a análise até o fim de novembro.

Ao chegar ao Brasil, os passageiros deverão reportar, no momento da imigração, que vieram desses países. Haverá folders nos aeroporto Eles serão, então encaminhados a um posto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), onde passarão pela análise. No local, eles responderão a questões como se tiveram contato com pacientes contaminados no país de origem.

Caso a pessoa reporte que teve contato com alguém contaminado, ela terá a temperatura aferida durante 21 dias. O ministro da Saúde ressaltou que o risco de contaminação por ebola no Brasil é considerado baixo e que o Brasil não tem voos diretos desse locais. De acordo com o Ministério, apenas 529 passageiros vieram desses países ao longo do ano. “Mesmo se vierem, eles já passaram por triagem na saída do país de origem e na escala”, disse o ministro.

Depois de passarem pela triagem receberão um folder que traz informações de que o sistema de saúde brasileiro é gratuito e os orienta a procurar os centros de saúde caso tenham os sintomas, como febre, diarreia ou vômito. O passageiro levará com ele que contém as informações da análise escritas em português e podem verificar o aparecimento de sintomas e o cálculo se a pessoa está ou não no período de incubação.

Segundo Barbosa o folder ajuda a passar por barreiras caso a equipe de saúde não fale a língua do paciente e facilitará a identificação dos casos suspeitos pelo serviço de saúde. “A equipe da unidade seja Unidade de Pronto Atendimento ou emergência vai ter uma informação segura porque vai estar no folder. De maneira que o descarte ou suspeita pode ser feita de maneira imediata”, disse o secretário.

O primeiro caso suspeito no Brasil foi notificado neste mês , em Cascavel (PR), com um paciente que veio da Guiné, descartado menos de uma semana após a suspeita. “A importância da identificação é para melhorar a qualidade da informação (…) O número é muito pequeno e podemos trabalhar com maior acurácia. A nossa preocupação não é o controle do monitoramento porque muito provavelmente essa pessoas já passaram por uma triagem no país de onde saíram e fizeram escala.”

Das 4.920 mortes causadas pelo vírus no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, 4.910 ocorreram nos três países, ou 99,79% do total.

 

Fonte: Correio Braziliense

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Gomes Oliveira

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