Porto Velho: O Vice governador José Jodan, recebeu em seu gabinete uma comitiva, composta por empresários chineses, diretoria da SOPH, empresários brasileiros, que vieram explanar ao vice governador a intenção de instalarem na capital uma estrutura operacional para compra de grãos de soja e assim utilizar a estrutura do Porto Público de Porto Velho, administrado pela SOPH, para exportação de grãos e outras commodities para a China.
Segundo o empresário, que representa estatais e semi estatais da china, atualmente a soja adquirida na região de Mato Grosso é exportada via os portos de Santarém no Para, e como estudos demonstram o grande potencial produtor de soja de Rondônia, mais a região de produtora de grãos do noroeste de Mato Grosso, região sul do Amazonas, estado do Acre, e parte da região produtora do norte da Bolívia, é perfeitamente viável e rentável a instalação de uma unidade para a compra dessa produção na capital do Estado.
Outra coisa que atraiu os empresários chineses foi a estrutura e a logística do sistema portuário da Capital, administrado pela Sociedade Portos e Hidrovia do Estado de Rondônia (SOPH), que inicialmente pode atender a demanda exigida, sendo que no decorrer do projeto, novas estruturas portuárias serão providenciadas para aumento da capacidade de exportação.
Segundo o levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de soja em Rondônia na safra 2018/2019 será de cerca de 1,094 milhão toneladas numa área de 333.600 mil hectares. no levantamento em 2018, a área plantada de soja era de 271.776 hectares, com isso um aumento considerável da área plantada para a sofra 2019
No levantamento feito pela Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), as exportações de soja e milho registram um crescimento de 35% no primeiro trimestre de 2019. Ao todo, US$150 milhões já foram comercializados em grãos de janeiro a março deste ano. Em 2018, no mesmo período, as vendas chegaram a 115 milhões de dólares.
A estratégia é fortalecer a zona de processamento de exportação para beneficiar a produção do estado.
Esse potencial de produção de soja em Rondônia, mais a capacidade do sistema portuário da Capital, inclusive com a expansão de área passível de plantio de soja, tem sido um ponto importante nos estudos de viabilidade econômica de grupos chineses e de países asiáticos interessados na compra e exportação da nossa soja, inclusive até com a possibilidade de uma indústria esmagadora de grãos em Rondônia.
Jodan disse-lhe que o governador, coronel Marcos Rocha, está bem empenhado em promover o desenvolvimento das exportações. “Não podemos assumir ainda o compromisso com a quantidade, mas oferecemos a boa qualidade da soja, de outros grãos e diversos produtos de nosso estado”, assinalou o vice-governador.
O Presidente dos Portos e Hidrovias, Amadeu Hermes Santos da Cruz, destacou que o sistema portuário rondoniense avança e deve melhorar consideravelmente até 2020, com a ampliação das exportações de madeira, milho, minério, pluma de algodão, amêndoas, carne, peixe e grãos. “Só de carne bovina para Hong Kong, exportamos US$ 60 milhões de janeiro até agora”, ele exemplificou.
“Temos o único porto alfandegado da região norte, e o futuro da soja é ainda mais promissor, com a utilização de nossa infraestrutura. A atividade portuária proporciona 30% da arrecadação do ICMS do estado”, anunciou Amadeu.
No comparativo com o vizinho Mato Grosso, Rondônia leva vantagem, ele apontou. “Hoje eles cultivam dez milhões de hectares, colhendo em média de três toneladas/ha, enquanto nós alcançamos quatro toneladas por hectare”.
O mais importante, conforme analisou o Presidente, é a formação de uma área comum para plantio de soja nos Estados de Rondônia, Acre, sul do Amazonas e noroeste do Estado de Mato Grosso, mais ainda o norte da Bolívia, que a médio prazo transformará a região no maior celeiro de grãos da América Latina, algo em torno de 100 milhões de toneladas de soja, mais a safrinha de milho.
A área destinada ao plantio de grãos nessa região será de 20 milhões de hectares com alta produtividade, algo em torno 100 milhões de toneladas
Obras de ampliação no porto possibilitarão o aumento da capacidade de movimentação de cargas das atuais cinco milhões de toneladas de cargas para 21 milhões de toneladas até janeiro de 2020, prevê Amadeu.
Da Redação Folha/ Jornalista Gomes Oliveira
Com informações do DECOM/Rondônia
VEJAM FOTOS DA REUNIÃO COM O VICE GOVERNADOR E DA VISITA A SOPH
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