Além partida entre Botafogo e Palmeiras, o estádio Mané Garrincha, em Brasília, foi palco de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal que resultou na prisão do empresário e ex-jogador Roni, que comprou o mando de jogo. Também houve busca e apreensão em vários endereços, entre eles o próprio estádio.
A operação tem por base um inquérito da Divisão de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (Dicot). A suspeita é que um grupo criminoso fraudava dados dos jogos, informando uma arrecadação a menos do que realmente houve para pagar menos taxas ao governo do Distrito Federal.
Segundo a Polícia Civil, a operação “visa reprimir a atuação de um grupo criminoso especializado em fraudar o erário na realização de jogos de futebol, oportunidade que elaboram os boletins financeiros (borderô) inserindo dados falsos, informando a arrecadação menor, conseguindo com isso pagar menos impostos e, no caso do Distrito Federal, menor valor de aluguel do estádio, uma vez que tanto os tributos quanto o aluguel são calculados com base na arrecadação total”.
Também de acordo com a Polícia Civil, há indícios de crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e sonegação fiscal. Já as buscas ocorreram nas cidades de Brasília, Luziânia (GO), que fica próxima ao DF, e Goiânia. Entre os alvos também está a Federação Brasiliense de Futebol (FBF).
A operação que levou à prisão de Roni se chama “Episkiros”, um jogo de bola na Grécia antiga que guarda semelhanças com o futebol. O GLOBO não conseguiu entrar em contato com funcionários da empresa de Roni.
A Confederaçao Brasileira de Futebol disse que não vai comentar, mesmo com o amistoso da seleção brasileira sendo lá em Brasília daqui a dez dias, no dia 5 de junho, contra o Qatar.
FONTE: EXTRA
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