Projeto aprovado no Senado cria esperança para especialistas e familiares de desaparecidos no país. Política visa quebrar barreiras nas investigações
Encontrar uma pessoa desaparecida é um drama que aflige milhares de famílias no Brasil. São inúmeras as histórias de parentes que vivem por décadas sem notícias sobre o paradeiro de seus familiares. No âmbito nacional, números publicados no anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que 786.071 desapareceram entre os anos de 2007 e 2017. Ainda de acordo com o estudo, 82.684 casos ocorreram nos dois últimos anos.
Somente no Estado de São Paulo, cerca de 25.200 pessoas desapareceram no ano retrasado, de acordo com o último levantamento do Ministério Público paulista.
De acordo com as estatísticas, houve queda nos números desde 2014, ano no qual foi registrado o maior índice de desaparecidos (33.631). No entanto, os dados mostram um volume bastante alto em relação a 2009, quando o estudo foi divulgado pela primeira vez.
Embora os números tenham caído nos últimos três anos, ainda são considerados altos e estão acima do valor registrado em 2009, quando o MP analisou as estatísticas sobre desaparecidos no Estado pela primeira vez — naquele ano, foram 19.202 casos.
A recente aprovação no Senado de um projeto de lei que cria a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas (PLC 144/2017) pode ser um avanço para aqueles que atuam na investigação dos casos e especialmente um alento para as muitas mães que lutam para reencontrar seus filhos.
Entre os principais pontos da proposta — que aguarda pela sanção presidencial para ser colocada em prática — estão algumas ações articuladas e a reformulação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas, criado há dez anos, mas que ainda carece de medidas que possam facilitar a coleta de informações dos casos.
FONTE: R7.COM
Add Comment