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Ebola já deixou mais de 2.400 mortos na África Ocidental, segundo OMS

A epidemia de ebola na África Ocidental já matou mais de 2.400 pessoas, de um total de 4.784 casos, segundo um balanço anunciado nesta sexta-feira (12) pela diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan.

“No dia 12 de setembro, há 4.784 casos” e “mais de 2.400 mortos”, declarou Chan, em uma coletiva de imprensa na sede da OMS, em Genebra, de acordo com a AFP.

Não foi informado, no entanto, se estes números incluem a Nigéria ou se é um balanço dos três países mais afetados: Guiné, Libéria e Serra Leoa.

O balanço anterior publicado na terça-feira pela OMS informava sobre 2.300 mortos de um total de 4.293 casos em toda a África Ocidental.

“Nos três países mais afetados”, o número de casos “aumenta mais rápido que a capacidade para tratá-los”, advertiu nesta sexta-feira Margaret Chan, que pede uma maior mobilização da comunidade internacional. Ela lembrou que já não resta nenhum leito disponível para tratar esses pacientes na Libéria.

A epidemia de ebola que atinge atualmente a África Ocidental é a mais grave já registrada. Outra epidemia de ebola se desenvolve de forma independente em uma área remota do noroeste da República Democrática do Congo, com 32 vítimas mortais em quase um mês.

Em uma coletiva de imprensa conjunta com Margaret Chan, o ministro da Saúde cubano, Roberto Morales Ojeda, anunciou nesta sexta-feira que seu país enviará 165 médicos e enfermeiros a Serra Leoa durante seis meses para ajudar as autoridades a combater a epidemia de ebola. Trata-se do envio mais importante de especialistas à região, destacou Chan.

“Se vamos para a guerra contra o ebola, precisamos de recursos para lutar”, disse ela, de acordo com a Reuters. “Cuba é mundialmente famosa por sua capacidade de formação de médicos e enfermeiros, por sua generosidade excepcional em ajudar outros países no caminho para o progresso.”

O pessoal cubano incluirá médicos, enfermeiros, epidemiologistas, especialistas em controle de infecção em cuidados intensivos e profissionais de mobilização social. Em uma entrevista à imprensa na sede da OMS, Ojeda disse que os primeiros trabalhadores de seu país começarão a chegar a Serra Leoa no início de outubro.

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Gomes Oliveira

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