Manifestações contra o presidente Omar al Bashir começaram no fim do ano passado e já causaram dezenas de mortes, alertam entidades
Aumentou para 29 o número de mortos nos protestos que ocorrem no Sudão desde dezembro do ano passado para pedir a renúncia do presidente Omar al Bashir, segundo anunciou nesta quinta-feira a Procuradoria Geral do país.
O presidente do Comitê de Investigação dos Protestos da Procuradoria, Amre Mohammed Ibrahim, informou em entrevista coletiva que o número de mortos já chega a 29. Até 12 de janeiro, 24 vítimas tinham sido confirmadas.
Ibrahim comentou que nas manifestações desta quinta-feira no distrito de Omdurman, vizinho à capital Cartum, morreu um jovem de 24 anos, mas não revelou mais detalhes do episódio.
O número oficial está abaixo dos mais de 40 mortos que, segundo cálculos da organização não governamental Anistia Internacional e grupos sudaneses independentes, são resultado da repressão violenta das manifestações.
As forças de segurança sudanesas dispersaram centenas de manifestantes com gás lacrimogêneo em diferentes bairros da capital e em cidades vizinhas, disseram testemunhas à Agência Efe.
A Associação de Profissionais Sudaneses, que lidera as manifestações, declarou no Facebook que foram organizados “mais de 30 protestos” em todo o país, os quais considerou os “mais gloriosos” desde que começaram as passeatas no Sudão.
Os protestos acontecem quase diariamente em vários pontos do Sudão desde 19 de dezembro, quando começaram devido à escassez de produtos básicos no mercado e o encarecimento dos mesmos, mas geraram um movimento contra o governo.
FONTE: EFE
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