A safra de café do Brasil em 2019 deverá alcançar um recorde para anos de bienalidade negativa, com um volume entre 50,48 milhões e 54,48 milhões de sacas, projetou nesta quinta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em seu primeiro levantamento sobre o ciclo deste ano, a Conab destacou que a colheita tende a ser entre 18,1 e 11,6 por cento abaixo dos históricos 61,66 milhões de sacas de 2018, considerando-se o intervalo previsto, mas sensivelmente superior aos cerca de 45 milhões de 2017, até então o recorde para anos de baixa produção.
Mesmo o ponto médio do intervalo projetado, de 52,48 milhões de sacas, figura como segunda maior safra da história, perdendo apenas para a de 2018.
O café alterna ciclos de alta e baixa produção, e o deste ano é de bienalidade negativa, processo natural em que a planta se recupera do maior direcionamento de energia para a frutificação na safra passada, sobretudo na espécie arábica, lembrou a Conab.
“Nós tivemos um clima favorável. No início teve alguma crise climática, mas nada que tenha afetado. (A safra) vem andando de maneira muito boa”, disse o diretor de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, em coletiva em Brasília.
Variedade mais cultivada no país, o arábica deve registrar colheita de 36,11 milhões a 38,15 milhões de sacas em 2019, ante 47,48 milhões na temporada anterior.
Já em relação ao conilon (robusta), a Conab prevê uma produção potencialmente recorde de 14,36 milhões a 16,33 milhões de sacas neste ano, versus 14,17 milhões em 2018, “ajudado principalmente por situações climáticas favoráveis e por não sofrer tanto os impactos do ciclo bienal”.
A área total ocupada com café neste ano (arábica e conilon) deve ser de 2,15 milhões de hectares, praticamente estável ante 2018, segundo a companhia. Dessa área, 316,41 mil hectares devem ser de cafezais em formação e 1,84 milhão, em produção.
FONTE: REUTERS
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