As famílias atingidas pela cheia histórica dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé estão no esquecimento e o alojamento improvisado pela Defesa Civil no parque dos tanques, em Porto Velho, pode se tornar definitivo, caso não haja uma ação rápida de governo. As promessas firmadas pelo poder público não saíram do papel e até o momento não existe uma ação concreta para tirar Rondônia da situação de calamidade pública.
A declaração é do candidato ao governo de Rondônia, Expedito Júnior (PSDB), ao afirmar que o governo existe de fato para amparar as pessoas que estão em situação de emergência, mas é necessário colocar em práticas ações rápidas para amenizar o sofrimento de quem não tem onde morar e enfrenta hoje calor de mais de 34 graus em barracas improvisadas.
Para o candidato, o poder público não pode ficar esperando ajuda financeira do governo federal para somente depois do repasse federal tomar medidas administrativas locais. “O estado é rico e forte, mas é necessário ter um bom gestor e fazer poder público andar. Essas famílias foram retiradas de suas casas no mês de fevereiro, quando o nível das águas subiu. Estamos no mês de agosto e até hoje essas famílias permanecem nas barracas aguardando a transferência para outra área. O período da próxima cheia está se aproximando e não se tem uma política concreta em benefício dessas famílias”, disse.
As promessas feitas pelo governo federal não foram cumpridas, na avaliação de Expedito Junior, ao citar como exemplo o atraso no pagamento da segunda parcela do seguro defeso aos 5 mil pescadores do Estado. “Quem fez essa promessa de prorrogar o seguro defeso foi a presidente Dilma Rousseff, ocasião em que esteve em Porto Velho durante visita ao Estado no dia 16 de março. Não se vê alguém do governo do Estado preocupado em solucionar os problemas dos pescadores de Porto Velho, Guajará, Mirim e Nova Mamoré”.
Somente em Porto Velho, mais de 1300 famílias foram atingidas pela cheia do Madeira que atingiu 19,75 metros, deixando isolado por mais de 60 dias os municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim. Os prejuízos para Rondônia foram mais de R$ 5 bilhões e, segundo o candidato, não se vê um plano econômico de governo para recuperar as perdas financeiras decorrentes da enchente.
“No caso da população de Nazaré, distrito de Porto Velho atingido 100% com a cheia, foi preciso encaminhar para a governadoria um documento com mais de 600 assinaturas pedindo celeridade no processo de desocupação de uma área para assentar as famílias. Um governo sério sabe que medidas dessa natureza devem ser priorizadas. Se a situação é complicada para as famílias que estão em Porto Velho, sede do Palácio do Governo, pior está nas cidades de Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Costa Marques e distritos, onde os agricultores estão longe dos olhos do governo e vivem em situação de abandono.”
Fonte: O Nortão
Add Comment