Equipe comandada por Jorginho entra em campo na noite desta segunda, em São Januário, e precisa vencer ao menos com três gols de diferença
Depois de mais de um mês, o Vasco volta a campo nesta segunda-feira (16). Às 20h, a equipe comandada por Jorginho recebe o Bahia pela volta das oitavas da Copa do Brasil. A missão não é fácil: para avançar de forma direta, o Cruz-Maltino precisa vencer por quatro gols de diferença. Se conseguir a vitória por três, a disputa da vaga será nos pênaltis – isto porque o Bahia venceu a partida de ida por 3 a 0. Nesta “decisão”, em São Januário, a ideia é uma só: conseguir mais uma virada histórica.
Para ficar mais perto do objetivo, o Vasco focou os trabalhos durante toda esta paralisação por conta da Copa da Rússia no duelo diante do Bahia. O técnico Jorginho pediu calma e concentração aos jogadores, destacando as partes técnicas e táticas ao longo dos treinamentos, principalmente no período em que o elenco ficou em Pinheiral, cidade no sul do Rio de Janeiro.
A tradição cruz-maltina também influencia no planejamento para a preparação da partida, já que o Vasco é conhecido por ser “o time da virada”. Um clássico exemplo é na final da Copa Mercosul, em 2000.
O número alto de gols de diferença necessário para que o Vasco fique com a vaga também foi trabalhado nas últimas semanas. Nesta temporada, a equipe venceu apenas a Universidad Concepción, do Chile, em janeiro, e o Jorge Wilstermann, da Bolívia, em fevereiro, ambos pela fase preliminar da Conmebol Libertadores, pelo placar de quatro de diferença. Por três, o que faria o jogo desta segunda ir para os pênaltis, somente uma vez neste 2018: a vitória sobre o América-MG, em maio, pelo Campeonato Brasileiro. Artilheiro cruz-maltino na temporada com 13 gols, Yago Pikachu destrinchiu o assunto.
– Sabemos que é difícil a classificação, mas a história do Vasco já provou que é possível conseguirmos. Se não me engano, só tivemos duas vitórias por quatro gols de diferença. Então, temos de ter calma. Sabemos que três gols é um placar considerável a favor do Bahia, mas temos condições de mudar. Realmente é difícil de lembrar que time jogou na ida por ter sido em maio, mas a nossa postura tem de ser totalmente diferente. Zé Ricardo (então técnico do Vasco) colocou em pauta na coletiva dele que foi nosso pior jogo na oportunidade – afirmou o meia em entrevista coletiva após o treinamento do último domingo, em São Januário.
Em seu favor, o Vasco tem a história, tradição e peso da camisa, além de um São Januário lotado. Até a tarde do último domingo, dois setores tiveram os ingressos esgotados – arquibancada e área vip -, restando bilhetes somente para a cadeira social, exclusiva para sócios. O Caldeirão estará fervendo para que a equipe volte resgatando a tradição de suas viradas, consiga a classificação e embale neste reinício de temporada do futebol brasileiro. A vaga neste momento de retorno depois do Mundial da Rússia carregará significados importantes para a sequência do ano. O Vasco sabe disso e vai buscar.
FONTE: LANCE
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