A AgRural elevou levemente nesta sexta-feira sua estimativa para a segunda safra de milho 2017/18 no centro-sul do Brasil, a 53,6 milhões de toneladas, de 53,3 milhões anteriormente, citando uma produção melhor em Mato Grosso e Goiás.
A revisão positiva pode ser considerada um alento para uma safrinha cujas perspectivas de colheita vinham sendo reduzidas há meses, após um atraso no plantio, estiagem em abril e maio e mesmo uma área plantada menor.
Em boletim, a consultoria disse que o aumento na previsão “deve-se a incrementos na produção estimada para Mato Grosso e Goiás, que mais do que compensam os novos cortes feitos nos demais Estados do centro-sul”. Mato Grosso, por sinal, é o maior produtor brasileiro de milho.
A AgRural não faz cálculos a nível nacional, mas destacou que, considerando-se a estimativa da Conab para o Norte/Nordeste, o Brasil deve colher neste ano 57,1 milhões de toneladas de milho na safrinha.
Na comparação anual, contudo, o volume tende a ser menor. No centro-sul, a expectativa da AgRural é de uma colheita 15,6 por cento abaixo do recorde observado em 2016/17, já que tanto área quanto rendimentos devem ser inferiores.
“O menor rendimento das lavouras foi causado pela falta de chuvas regulares a partir de abril em algumas áreas, localizadas principalmente em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná”, afirmou a consultoria.
Conforme a AgRural, até o momento 16 por cento da área cultivada com milho “safrinha” já foi colhida no centro-sul, ante 24 por cento há um ano e 20 por cento na média de cinco temporadas.
“O atraso no plantio e a umidade ainda elevada do milho em parte das áreas prontas explicam o atraso da colheita. Além disso, muitos produtores estão sem pressa de colher, já que o mercado está lento”, explicou a consultoria.
FONTE: REUTERS
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