Se serve de consolo para nós, comuns. “Todo homem de gênio vê o mundo sob um ângulo diferente do dos seus semelhantes, e é nisso que está a sua tragédia” (Henry Havelock Ellis).
SEMINÁRIO MIRA NO FOMENTO DE NEGÓCIOS RONDÔNIA/PERU
Avançar na cooperação para a promoção do comércio, investimentos, turismo e educação entre Peru e Rondônia- esta foi a proposta do Seminário de Oportunidades Comerciais e Investimento realizado na terça-feira (29), no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho, com a presença do embaixador do Peru no Brasil, Vicente Rojas. Segundo o governador de Rondônia, Daniel Pereira, ‘‘Nós avançamos muito. Temos uma bovinocultura e uma produção de peixe consolidada. Somos um dos maiores produtores de café e leite do Brasil e estamos presente outros segmentos produtivos’’. E acrescentou: ‘‘Estamos prontos para ser um grande parceiro comercial do Peru’’. Presente o embaixador do Peru no Brasil, Vicente Rojas, afirmou que ‘‘Rondônia, é um estado jovem, mas como muita força. Os dados de produção são impressionantes’’, revela o embaixador. A gerente de incentivo fiscais da Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi), Eleida Ramos, apresentou os benefícios do Programa de Incentivo Tributário (PIT) a comitiva peruana. Entre eles, a outorga de crédito presumido de até 85% do ICMS por um período de 10 anos nas modalidade de implantação, ampliação e modernização para empresas de qualquer porte dos setores industrial e agroindustrial. Além da redução de base de cálculo de 50% no ICMS. O diretor Comercial da BDX Florestas, Dario Lopes, um dos operadores do Porto Público de Porto Velho administrado pela Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH) apontou a rota pelo rio Madeira como vantajosa para escoamento de produtos de Rondônia para o Peru e entrada de mercadorias do Peru para Rondônia. Processo que se estreitou desde 2010. O conselheiro econômico comercial do Peru, Antônio Castilho, apontou que a parceria comercial entre Rondônia e Peru já existe, mas que há muito o que se avançar. Segundo levantamento apresentado durante o seminário, os principais produtos exportados do Peru para Rondônia foram azeitonas, alhos, quinoa e orégano. O que movimentou USD 4,6 milhões. Enquanto que o país compra de Rondônia, principalmente pescados, carne desossada; castanha do Brasil; azeite de soja e arroz.
A HORA É DE DIÁLOGO E BOM SENSO
Na terça-feira, no Seminário Oportunidades Comerciais e Investimentos Peru-Rondônia, o presidente da Fiero, Marcelo Thomé, disse que o país
não pode continuar parado. Segundo Thomé, o caminho para o Brasil sair da crise passa pela melhoria das condições do ambiente de negócios. O caos, na visão de Marcelo Thomé, só aumenta a cada dia e a demora em chegar a uma solução para este impasse com os caminhoneiros leva o país, cada vez mais, a um caminho perigoso. Para citar um exemplo dos problemas locais, o presidente da Fiero reitera que muitas indústrias em Rondônia estão acumulando prejuízos pela impossibilidade de fazer circular sua produção e de comprar insumos. “Por enquanto ainda não se chegou a difícil fase da dispensa dos colaboradores, mas se a situação não se normalizar logo, infelizmente a indústria começará a demitir funcionários. Ainda, segundo ele, os problemas se agravam a cada dia. E os prejuízos já se aproxima da casa do bilhão. Pelo que sabemos as demandas dos grevistas foram atendidas e está passando da hora de voltarmos à normalidade. É hora de deixar trabalhar quem quer trabalhar. É preciso, imediatamente, desbloquear os pontos das vias de transporte e proteger aqueles que querem voltar a trafegar. Para ele, “A hora é de consciência e ponderação. De diálogo e bom senso. Do contrário este nosso barco vai afundar”.
ADIAMENTO DO CEDSA 2018
A coordenação do I Ciclo de debates CEDSA 2018 – Unidades de conservação de uso sustentável: desafios e perspectivas, informa que o Ciclo de debates CEDSA 2018 (previsto para o dia 30/05) foi adiado em função dos problemas advindos da greve dos caminhoneiros e da escassez de combustível na região. A nova data prevista para realização: 17/08/2018.
MICROS E PEQUENAS DO AMAZONAS SOFREM MAIS COM A GREVE DOS CAMINHONEIROS
O Sebrae AM (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amazonas) afirma que o prolongamento da greve dos caminhoneiros que entrou no seu nono dia, na quarta-feira (30), vem vitimando as MPEs (Micro e Pequenas Empresas) no Amazonas. Negócios que dependem da movimentação nas estradas e vias para manterem estoques estão sendo impactados pela paralisação nas grandes cidades. A entidade listou como negócios que tendem a ser os mais prejudicados os postos de combustíveis, comércio de alimentos perecíveis, produção e comércio de produtos hortifrutigranjeiros, transporte de pessoas e de cargas e alguns segmentos da indústria. O Sebrae diz que o impacto da greve de caminhoneiros tende a ser maior nas MPEs nas cidades com mais de 100 mil habitantes, cerce de 30% das 11,5 milhões de optantes do regime do
Simples Nacional. Estas empresas trabalham com poucos estoques nas grandes cidades, ao passo que nas cidades menores, possuem estoques um pouco maiores.
CRESCIMENTO BAIXO NO 1º TRIMESTRE REDUZ EXPECTATIVA DO PIB
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu apenas 0,4% no primeiro trimestre do ano em relação ao três meses anteriores. Os dados divulgados pelo IBGE mostram que depois do quinto resultado positivo, após oito quedas consecutivas nesta base de comparação, uma melhora da economia abaixo da expectativa. Depois de dois anos de recessão, em 2015 e 2016, a economia voltou a crescer em 2017, com expansão de 1%, mas, se previa para 2018, um incremento de 3% que não está se confirmando. Com o fraco desempenho da indústria, comércio e serviços, prejudicados pelo desemprego elevado, as projeções foram reduzidas e a expectativa, agora, é de um crescimento entre 2% e 2,5%. Um dos motores deste resultado foi a combinação de inflação e juros baixos, cenário que pode sofrer alterações depois da alta do dólar e da recente greve dos caminhoneiros.
AUTOR: SÍLVIO PERSIVO – COLUNISTA TEIA DIGITAL
PROFESSOR E ECONOMISTA
Add Comment