James Mattis, da Defesa, disse que vaivém recente é parte do “toma lá, dá cá habitual” envolvido na realização de grande reunião de cúpula
As iniciativas da Coreia do Norte de manter as portas abertas para o diálogo parece que estão ajudando a modificar a postura cética do governo dos Estados Unidos. Além de o presidente Donald Trump voltar a admitir a possibilidade de um encontro com Kim Jong-un, previsto para o próximo dia 12, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, afirmou nesta sexta-feira (25) que a reunião de cúpula recém-cancelada pode ser remarcada.
Tudo depende do êxito dos diplomatas na tentativa de aparar arestas. O governo norte-coreano, depois de lamentar o cancelamento, declarou que está pronto para conversar a qualquer momento, estimulando a mudança de tom do governo americano, presente nas palavras de Mattis.
— Temos algumas notícias possivelmente boas sobre a cúpula coreana, segundo as quais ela pode, se nossos diplomatas tiverem sucesso, pode acontecer”, disse Mattis a repórteres no Pentágono antes de uma reunião com o ministro da Defesa dinamarquês.
O cancelamento divulgado por Trump teria ocorrido em função de ameaças norte-coreanas de desistir do encontro em Cingapura porque autoridades americanas estariam com uma postura beligerante a respeito da relação entre os dois países. O motivo da queixa foram exercícios militares conjuntos dos EUA com a Coreia do Sul, na última semana.
Tudo isso em um momento que parecia promissor, após Kim Jong-un e Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, terem protagonizado um histórico e inesperado encontro no último dia 27 de abril em que ficou acertado o início de negociações para um acordo definitivo de paz entre os dois países. A reunião também foi considerada um evento preparatório para uma conversa frente a frente de Jong-un com Donald Trump.
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Mattis, porém, reacendeu as esperanças e ponderou que essas situações são comuns em momentos como esse. Trata-se, segundo ele de parte de um natural “toma lá, dá cá habitual” que sempre envolve uma importante reunião de cúpula.
— Os diplomatas ainda estão trabalhando na cúpula, na possibilidade de uma cúpula, então essa é uma ótima notícia.
Ele não admitiu uma mudança de postura. Mas garantiu que a diplomacia continua trabalhando intensamente.
— Não estamos mudando nada neste momento, está seguindo firme. Os diplomatas estão na dianteira e no comando e lhes desejamos toda sorte para seguirem por um caminho frutífero.
A China, principal aliada do regime norte-coreano, nesta sexta-feira (25), também buscou uma solução para o impasse. Pequim pediu para a Coreia do Norte e os EUA demonstrarem “boa vontade” e “paciência”.
FONTE: R7.COM COM REUTERS
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