Pelo menos 84% dos eleitores entrevistados revelam que não concordam com a frase “o Congresso representa o povo brasileiro”
Os escândalos de corrupção envolvendo personagens da política brasileira têm causado descredito entre os brasileiros com o Congresso. Com foco nas eleições de outubro, levantamento realizado pela Ideia Big Data para o Brazil Institute do Wilson Center mostra que 72% dos eleitores escolheram temas relacionados à honestidade como prioridade na hora de votar em seus candidatos às vagas de deputado e senador.
Em perguntas abertas, 38% dos entrevistados indicaram que o mais importante para seu voto é a honestidade do candidato ou o fato de ele não ser corrupto; 13% apontaram a transparência; 11% optaram por quem está fora das acusação da Operação Lava-Jato; e 10% disseram que o seu candidato tem de ser novo ou de fora da política. A pesquisa foi publicada com exclusividade pelo jornal O Globo, nesta quarta-feira (17).
Pelo menos 84% dos eleitores entrevistados revelam que não concordam com a frase “o Congresso representa o povo brasileiro”. Na expressão “O Congresso Nacional está trabalhando pelos brasileiros acima de outros interesses”, 73% desaprovam a frase, contra 22% que disseram não saber e 5% que apoiam a afirmação.
Na contramão das respostas, 79% dos entrevistados disseram não se lembrar em quem votou em 2014. Apenas 21% se lembram, mas 85% desse percentual admitiram que não acompanham o trabalho do congressista, contra 15% que seguem seus legisladores.
Ainda sobre os futuros candidatos, os eleitores apontam como prioridade experiência e grandes propostas, cada um com 5% das citações; 4% disseram que o candidato deve ser da região do eleitor; 3% disseram que é importante entender os problemas do eleitor e representar os pobres ; e 2% apontaram que trabalhar duro e ser inteligente é fundamental.
Sobre a reforma da Previdência, prevista para ir a votação no próximo dia 19 de fevereiro, o levantamento revela que somente 26% acreditam que ela será aprovada em 2018, contra 55% que não acredita na aprovação do texto e 19% que disseram não saber. De acordo com o jornal, o levantamento foi feito com 5.003 pessoas, em 37 cidades brasileiras, entre os dias 9 e 13 de janeiro.
FONTE: Congresso em Foco
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