O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Civil, com o apoio da Força Aérea Brasileira, realizam nesta terça-feira (28) a Operação Tapauara, que visa desarticular organização criminosa que desviava recursos públicos oriundos, entre outros, da Educação e da Saúde em Tapauá, no Amazonas.
O prefeito do município de Tapauá, Zezito (PMDB), foi um dos presos. As informações foram confirmadas pelo procurador-geral, Fábio Monteiro. Também são alvos da operação, o vereador e presidente da Câmara de Tapauá, Alvemir Oliveira Maia, o empresário Walter de Oliveira Maia e o representante do município Euclides Guedes.
No total, estão sendo cumpridos dez mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva e 29 vinte e nove de busca e apreensão em órgãos do Poder Executivo, do Poder Legislativo, em residências e empresas nos municípios de Tapauá e Manaus, ambos no Amazonas.
O trabalho teve por base investigação do Ministério Público do Estado do Amazonas – por meio do Gaeco – que verificou a ocorrência de crimes em licitações, peculato, corrupção e lavagem de capitais, praticados por agentes públicos do Poder Executivo, membros da Câmara de Vereadores tapauense e particulares.
Conforme apontam as investigações, licitações estavam sendo acordadas por um grupo de empresários que atuava em parceria com o prefeito, o presidente da Câmara de Vereadores e o representante do município, determinando previamente os vencedores. Com o aprofundamento da investigação foram identificados crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em processos licitatórios, abuso de autoridade, peculato, dentre outros.
A CGU fará a análise do material apreendido, incluindo processos licitatórios, processos de pagamento, mídias, com vistas a apurar irregularidades contra a Administração Pública, com a identificação de superfaturamento, fraudes em licitação, pagamentos por serviços não prestados, dentre outros.
A operação conta a participação de servidores do Ministério Público Estadual, policiais civis e oito auditores da CGU, sendo que três auditores estão cumprindo mandados de busca e apreensão no município de Tapauá e cinco na capital amazonense.
FONTE: CGU e a Crítica
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