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PF investiga esquema de corrupção em royalties de mineração que afetou Vale

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira operação em 11 Estados e no Distrito Federal contra um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral, que teve a Vale (VALE5.SA: Cotações) entre as empresas prejudicadas, segundo uma fonte da PF.

Apenas em 2015 os valores recolhidos com os royalties de mineração, a chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), chegaram a quase 1,6 bilhão de reais, de acordo com a PF. A Justiça determinou bloqueio judicial de valores depositados que podem alcançar 70 milhões de reais, segundo a PF.

Segundo a Polícia Federal, o esquema envolvia a participação de um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) detentor de informações privilegiadas a respeito de dívidas de royalties. O suspeito oferecia os serviços de escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria a municípios com créditos junto a empresas de exploração mineral para participação na fraude.

O DNPM é um órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia. Procurado, o ministério não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a operação. A Vale também não tinha informações de imediato sobre a ação da PF.

A chamada operação Timóteo foi iniciada em 2015, depois que a Controladoria-Geral da União (CGU) enviou à PF uma sindicância que apontava incompatibilidade na evolução patrimonial de um diretor do DNPM, que pode ter recebido valores que ultrapassam 7 milhões de reais, de acordo com a PF.

Policiais Federais cumprem 16 mandados de prisão e 29 conduções coercitivas, além de mandados de busca e apreensão em 52 endereços relacionados à suposta organização criminosa, nos Estados de Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal.

Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa investigada se dividia em ao menos quatro grandes núcleos: captador, operacional, político e colaborador.

Entre um dos investigados, segundo a PF, está uma liderança religiosa que teria recebido valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. A fonte da PF disse que o líder religioso em questão seria o pastor evangélico Silas Malafaia, suspeito de ter usado contas correntes de uma instituição religiosa com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores.

Não foi possível fazer contato de imediato com representantes de Malafaia.

O nome Timóteo dado à operação refere-se ao livro bíblico de Timóteo, segundo a PF.

 

Fonte: Reuters

 

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