Se passar o governo para Sérgio Gonçalves, a maquina governamental vai massacrar Marcos Rocha
Em uma sondagem realizada entre os dias 15 e 16 de outubro de 2025, com 1.200 eleitores ouvidos e margem de erro de três pontos percentuais, o instituto Real Time Big Data apresenta um panorama competitivo para a disputa ao Senado em Rondônia em 2026.
No segundo cenário testado, o atual senador Marcos Rogério (PL) aparece na liderança, com 21% das intenções de voto. Em seguida, empatados tecnicamente, aparecem a deputada federal Silvia Cristina (PL) e o governador do estado, Marcos Rocha (União Brasil), ambos com 20%. O ex-governador Confúcio Moura (MDB) registra 11%, enquanto o vice-presidente estadual do PL, Bruno Bolsonaro, aparece com 10%. Por fim, o ex-senador Acir Gurgacz (PDT) e o deputado estadual Delegado Rodrigo Camargo (Republicanos) empatam com 6% cada
Apesar de ostentar o cargo de governador, e com ele, de certa forma, a chamada “máquina pública” — Marcos Rocha, até o momento, não consegue alçar voo nas pesquisas.
Embora esteja tecnicamente empatado com Silvia Cristina (20%) e atrás de Marcos Rogério (21%), o fato de ocupar o Palácio do Governo e não “deslanchar” representa sinal de fragilidade política e de comunicação, sobretudo se comparado a outros estados.
Esse fenômeno contrasta com o observado em certas unidades federativas do Nordeste, onde governadores em exercício disputam o Senado e figuram com larga vantagem nas simulações eleitorais. Por exemplo, no estado do Maranhão, o governador Carlos Brandão (PSB) aparece em pesquisa Real Time Big Data com 28% no primeiro cenário e chega a 31% em outro teste, e o senador Weverton Rocha (PDT) aparece com 24% no primeiro cenário e 26% em outro.
Em outro exemplo, em Minas Gerais, se Romeu Zema for candidato ao senado, ele aparece com 57 por cento nas pesquisas o que reforça o padrão de que, no Nordeste e em Minas Gerais , quem comanda o governo tem conseguido converter isso em posição confortável na corrida para o Senado.
Em Rondônia, entretanto, o desgaste da máquina estatal, ou ao menos a incapacidade de projeção bem-sucedida, parece pesar. Críticos apontam que Marcos Rocha deixa a saúde pública “abandonada”, ao menos sob a ótica de suas promessas e da percepção pública. Uma reportagem afirma que o governo anunciou em 2025 a privatização de unidades de saúde e foi alvo de protestos por “abandono” da área.
Além disso, no plano político interno, há desgaste próprio. Em noticiário local, Marcos Rocha atacou publicamente o vice-governador Sérgio Gonçalves, chamando-o de “covarde” e “ingrato”. A dinâmica de conflito interno entre governador e vice-governador projeta uma imagem de instabilidade política que pode interferir na mobilização eleitoral. Se passar o governo para Sérgio Gonçalves, a maquina publica vai massacrar Marcos Rocha.
Em resumo: a pesquisa mostra uma disputa muito apertada no topo entre Marcos Rogério, Silvia Cristina e Marcos Rocha em Rondônia. Mas o fato de Rocha não ter conseguido se destacar apesar do mandato no Executivo estadual o coloca em situação de vulnerabilidade. Enquanto isso, o padrão nordestino em que governadores avançam com folga para o Senado lembra que, para quem comanda o Executivo, o sucesso eleitoral exige mais do que simplesmente “estar na máquina” requer entrega concreta, narrativa positiva e articulação eficaz. É só lembrar dos ex governadores que se elegeram para o senado, Raupp, Cassol e Confucio
Com o cenário ainda em aberto, resta observar como Marcos Rocha reagirá: se intensificará campanhas de visibilidade, se enfrentará os ruídos internos ou se continuará patinando enquanto adversários ganham força. A disputa promete ser envolvente.
Da Redação Folha


























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