As ‘Estatísticas do Registro Civil 2015’ do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), divulgadas nesta quinta-feira (25), mostram que o número de mortes por causas violentas entre jovens de 15 a 24 anos disparou na maioria dos Estados das regiões Norte e Nordeste no período compreendido entre 2005 e 2015.
No último ano, foram registrados 28.584 óbitos por causas violentas (acidente de transporte, afogamento, suicídio, homicídios, quedas acidentais, entre outras) no país ante um número de 27.140 registrado uma década antes (aumento de 5%).
Os dados mostram uma disparidade entre os Estados das regiões Norte e Nordeste, que em sua maioria tiveram aumento exponencial no número de casos, e os Estados das regiões Sul e Sudeste, que, em geral, registraram variação negativa.
O único Estado do Sul-Sudeste a ter aumento de mortes foi o Rio Grande do Sul, entre os homens (4,2%), embora tenha havido queda entre as mulheres (-15,4%). Já no Norte-Nordeste, apenas Amapá e Acre tiveram redução de mortes entre jovens entre ambos os sexos –em Rondônia, houve redução entre os homens (-2,1%), mas aumento entre as mulheres (16,2%).
No Centro-Oeste, não houve um padrão, com algumas Unidades da Federação, como Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, com queda no número de óbitos devido a causas externas e outras, como Goiás e Mato Grosso, com aumento de mortes entre os homens, porém redução entre as mulheres.
Número de mortes é maior entre homens
A prevalência masculina entre os jovens que morreram de forma violenta em 2015 foi de 91,7%. Em todos os Estados onde houve aumento no número de mortes violentas entre homens de 15 a 24 anos, a variação percentual entre as mulheres foi menor, com exceção de Amazonas. Este foi o único local onde o aumento no número de mortes entre as jovens superou os 100%: o aumento foi de 171,4%, contra a também expressiva variação de 128,7% entre os homens desta faixa etária.
Nove Estados tiveram variação percentual superior a 100% no número de mortes violentas entre os homens de 15 a 24 anos: Roraima (119,%), Rio Grande do Norte (121.6%), Alagoas (124,8%), Amazonas (128,7%), Bahia (132,2%), Maranhão (145,1%), Ceará (146,1%), Piauí (171,4%) e Sergipe (179,4%).
Houve aumento no número de mortes entre homens no Rio Grande do Sul (4,2%), em Goiás (25,2%) e na Paraíba (40,2%), ao passo que foi registrado redução na quantidade de óbitos do sexo feminino (-15,4%, -12,4% e -3,1%, respectivamente).
Houve, no entanto, redução significativa entre o número de mortes de jovens, tanto de homens como mulheres, no Rio de Janeiro (-37,5% e -40,8), em São Paulo(-33,1% e -32,7%) e no Paraná (-27% e -30,1%). Considerando apenas as mulheres, a maior queda foi no Acre: 50%.
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