Na véspera, moeda fechou em alta de 1,32%, cotada a R$ 3,2095.
No ano, a moeda acumula queda de 18,7%.
O dólar opera em alta em relação ao real nesta quinta-feira (10), um dia depois de a vitória de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos ter feito da cautela a palavra de ordem para os emergentes até que se tenha mais clareza sobre os passos do republicano.
O clima está mais tranquilo, depois do tom conciliador que Trump adotou em seu discurso da vitória e que se seguiu a declarações igualmente unificadoras do presidente Barack Obama e da candidata derrotada Hillary Clinton.
Às 10h40, a moeda norte-americana subia 2,46%, vendida a R$ 3,2885. Veja a cotação do dólar hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 0,47%, a R$ 3,2248
Às 9h29, alta de 0,81%, a R$ 3,2355
Às 9h39, alta de 1,11%, a R$ 3,2425
Às 9h50, alta de 1,18%, a R$ 3,2677
Às 10h10, alta de 2,6%, a R$ 3,2932
Às 10h20, alta de 2,53%, a R$ 3,2909
O Banco Central anunciou no início da noite de quarta-feira que vai interromper a oferta de leilões diários de swap cambiais reversos, inclusive para esta quinta-feira. O objetivo é “acompanhar e avaliar as atuais condições de mercado”, após a inesperada vitória de Trump.
O clima, no entanto, está mais tranquilo, depois do tom conciliador que Trump adotou em seu discurso da vitória e que se seguiu a declarações igualmente unificadoras do presidente Barack Obama e da candidata derrotada Hillary Clinton.
Na véspera da eleição, o mercado apostava que a vencedora seria Hillary, o que levou o dólar a fechar em queda, na quarta sessão consecutiva de perdas em relação ao real. Nos quatro dias de negócios anteriores, o dólar havia acumulado queda de 2,28% sobre o real com apostas de que Hillary venceria as eleições.
Discurso de Trump
Trump fez um discurso na quarta-feira considerado conciliador após sua vitória, diferentemente do estilo agressivo adotado em toda a sua campanha, o que reduziu um pouco o temor nos mercados financeiros.
Apesar disso, os investidores devem permanecer estressados até ter conhecimento do que de fato o presidente eleito vai conseguir colocar em prática das propostas radicais que anunciou em sua campanha, destaca a Reuters.
Juros nos EUA
A vitória de Trump joga dúvidas sobre a percepção dos mercados financeiros globais de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, vai elevar a taxa de juros em breve e seguir com mais altas graduais ao longo dos próximos anos. “Aumentam as chances de que o Fed não aja em dezembro”, disse à Reuters o economista-chefe da Moody’s Analytics, Marz Zandi, sobre a vitória de Trump.
Especialistas ouvidos pelo G1 apontam que o aumento da percepção de risco após a vitória de Trump pode afetar a decisão do Fed. “O Fed emite sinais crescentes de que deve fazer o aumento da taxa de juros. Mas, eventualmente, com essa turbulência, pode ser mais conservador ”, diz Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria.
O mercado monitora pistas sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque taxas mais altas poderiam atrair para o país recursos aplicados atualmente em outros mercados, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.
Na véspera, o dólar fechou em alta de 1,32%, cotado a R$ 3,2095. Na semana, a queda é de 0,66%. No mês, a alta é de 0,61%. No ano, a moeda acumula queda de 18,7%.
Fonte: G1
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