O número de queimadas nos nove primeiros meses deste ano quase dobrou em relação a 2023
Em 2024, o Brasil já contabilizou 200.013 focos de incêndio, um número que ultrapassa os 189.926 registrados durante todo o ano de 2023, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este cenário alarmante representa o pior índice desde 2010, quando foram identificados 221.672 focos no mesmo período. Comparado ao ano anterior, as queimadas quase dobraram, evidenciando uma crise ambiental crescente. O estado de São Paulo estabeleceu um novo recorde histórico de focos de incêndio, enquanto a América do Sul enfrenta os piores índices de queimadas em 26 anos. A temporada de incêndios começou mais cedo este ano, com grandes ocorrências em regiões como Roraima e no Pantanal. A seca severa, que é a mais intensa em 73 anos no Pantanal e a maior em 40 anos na Amazônia, é intensificada por fenômenos climáticos como o El Niño.
As condições climáticas, caracterizadas pela falta de umidade, altas temperaturas e ventos fortes, têm contribuído para a rápida propagação dos incêndios, que, em sua maioria, são causados por atividades humanas. Até agosto, a área queimada no Brasil já ultrapassou 56 mil km², um espaço maior do que a soma de cinco estados brasileiros. Em setembro, o número de focos de incêndio já se aproximava de 73 mil. Embora haja expectativa de que a chegada das chuvas em outubro possa amenizar a situação, o início do fenômeno La Niña está se mostrando mais demorado do que o esperado. A combinação de fatores climáticos e humanos continua a agravar a crise de incêndios, levantando preocupações sobre os impactos ambientais e sociais que essa situação pode causar no país.
FONTE: JOVEM PAN
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