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Léo Moraes diz ser alvo de “fake news”; comenta falta de apoio de Marcos Rocha; e critica atual gestão

Candidato do Podemos discute problemas de saneamento, saúde e segurança pública e responde sobre relação com o governador

O candidato Léo Moraes (Podemos) foi o entrevistado da sabatina realizada pela SIC TV, afiliada da Rede Record em Rondônia, na terça-feira (17). A sabatina, que faz parte de uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Porto Velho, foi conduzida pelos jornalistas Beni Andrade, Sérgio Pires e o âncora Everton Leoni. Além das perguntas dos entrevistadores, Moraes também respondeu a um questionamento enviado por Samuel Costa, candidato da Rede Sustentabilidade. Durante a sabatina, o candidato abordou temas sensíveis como saúde pública, saneamento básico, segurança e sua relação com o atual governo do estado.

Logo no início da entrevista, Léo Moraes foi questionado sobre sua decisão de concorrer novamente ao cargo de prefeito de Porto Velho. Ele destacou que sua experiência como deputado e gestor no Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN-RO) o preparou para o desafio e que sua motivação está nos desafios estruturais da cidade. “Eu me preparei ao longo dos anos, conheço os problemas da nossa capital e estou pronto para enfrentá-los. Porto Velho está entre as piores capitais em diversos índices, como qualidade de vida e saneamento, e isso precisa mudar”, afirmou.

Moraes fez questão de criticar o que chamou de “maquiagem” na atual gestão, afirmando que a cidade precisa de mais “trabalho concreto” e menos “obras de fachada”. “Porto Velho lidera os piores indicadores do país. Temos uma cidade rica, mas com gente pobre, sem o mínimo de infraestrutura em áreas essenciais como saúde, educação e segurança”, disse o candidato.

Quando o tema foi saúde, Moraes foi direto ao apontar o que considera o colapso do sistema municipal de saúde. “Hoje, em Porto Velho, as pessoas vão ao posto de saúde e não têm remédio, exame ou consulta. As UPAs estão mal equipadas e não conseguem dar conta da demanda. Eu estive na UPA da Zona Leste no último fim de semana e o aparelho de raio-X está quebrado há meses. As pessoas estão sofrendo e parece que ninguém está olhando para isso”, relatou.

Sobre soluções imediatas, o candidato afirmou que, se eleito, vai iniciar um plano de contratação emergencial de médicos e resolver a questão da falta de equipamentos nos primeiros meses de governo. “Já temos recursos disponíveis, inclusive encaminhei emendas de R$ 5 milhões para as UPAs, mas nada foi feito. O problema é a politicagem. Vamos fazer essas mudanças no primeiro mês, sem enrolação.”

Um dos pontos centrais da entrevista foi a discussão sobre saneamento básico. Porto Velho tem um dos piores índices de cobertura de saneamento do país, com menos de 10% da cidade atendida por rede de esgoto. Moraes foi questionado pelo âncora Everton Leoni sobre como pretende lidar com esse problema. Ele garantiu que a universalização do saneamento será uma prioridade de sua gestão.

“Nós precisamos repatriar o projeto de saneamento básico para o município e avançar. A cada real investido em saneamento, economizamos nove reais na saúde, porque prevenimos doenças. Nossa cidade não pode continuar sem esgoto e com poços secando. O atual contrato tem que ser revisado e expandido. Se eleito, quem cortar o asfalto para instalar tubulação e não fizer a devida recuperação será responsabilizado civil e criminalmente. Chega de descaso”, afirmou.

Moraes ainda respondeu à pergunta feita por seu adversário Samuel Costa, da Rede Sustentabilidade, sobre a viabilização de recursos federais para projetos de infraestrutura e saneamento. O candidato do Podemos enfatizou que o diálogo com o governo federal será constante, mas que sua gestão será independente. “O diálogo com o governo federal será permanente, mas com independência. O objetivo é trazer recursos para saneamento e saúde, porque um está diretamente ligado ao outro. Nós vamos atuar com responsabilidade e capacidade de articulação para melhorar nossos índices”, completou.

Outro ponto discutido foi a criação da Guarda Municipal armada. Léo Moraes destacou que é o autor da lei que prevê a criação da guarda, aprovada ainda em 2013, quando ele era vereador. Segundo ele, a proposta foi engavetada pelas administrações anteriores. “A Guarda Municipal é um projeto meu e, até hoje, nunca foi implementada. Isso é um descaso. A guarda vai reduzir em até 15% os crimes e contravenções na cidade. Vamos colocá-la em prática no primeiro ano de mandato, e ela será armada para atuar em parceria com outras forças de segurança”, afirmou.

Moraes também anunciou a criação da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Ordem, que reuniria a Guarda Municipal e a Subsecretaria de Trânsito. Ele criticou o que chamou de “politicagem” na Secretaria Municipal de Trânsito, alegando que faltam investimentos em semáforos inteligentes e medidas preventivas. “A cidade não pode continuar com a atual política de trânsito que só pune o cidadão com radares em cruzamentos. Precisamos de gestão, de inteligência no trânsito. Vamos resolver isso no primeiro ano”, disse.

Um dos momentos mais esperados da sabatina foi quando Sérgio Pires questionou Léo Moraes sobre a ausência de apoio do governador Marcos Rocha em sua campanha, uma vez que Moraes atuou como diretor do DETRAN-RO, sob o governo estadual, com uma gestão bem avaliada. Pires perguntou se Moraes se sentia frustrado por não contar com o apoio do governador.

Moraes respondeu que não se sente ressentido pela falta de apoio do governo estadual e que sua relação com o governador sempre foi de respeito e cooperação. “De maneira nenhuma fico triste com isso. Minha relação com o governador sempre foi boa, mas é importante lembrar que cada um tem seu papel. Eu tenho o meu projeto, minha missão, e ele tem a dele. Continuaremos trabalhando juntos em prol da população, principalmente em questões importantes como saúde e saneamento”, explicou.

Ele destacou que projetos fundamentais, como a criação do Hospital de Traumas e Fraturas, dependem da colaboração entre os governos estadual e municipal. “Esse hospital é uma prioridade para Porto Velho. Eu deixei o projeto pronto no DETRAN, e vamos implementar em parceria com o governo estadual. Isso vai desafogar o sistema de saúde, especialmente no tratamento de vítimas de acidentes de trânsito”, afirmou Moraes.

Na reta final da sabatina, Léo Moraes fez um apelo à população de Porto Velho para que escolha um candidato “preparado” e que tenha experiência comprovada. Ele afirmou que sua campanha está “ao lado do povo, de verdade”, e que sua gestão será baseada em “transparência, eficiência e trabalho”. 

“Eu sou Léo Moraes, a minha vice é a Magna dos Anjos, e nós estamos prontos para fazer as mudanças que Porto Velho precisa. Nossa cidade não pode mais ficar estagnada, nós temos que avançar, e eu sei como fazer isso”, concluiu.

Pontos importantes da sabatina:

Críticas à atual gestão municipal: Léo Moraes acusou a administração atual de fazer “maquiagem” nas obras e criticou duramente os resultados de sua gestão, especialmente nas áreas de saúde e saneamento. Ele afirmou que Porto Velho lidera “os piores rankings do país” e que há falta de trabalho concreto.

Declarações sobre a saúde pública: Moraes fez fortes críticas ao sistema de saúde de Porto Velho, afirmando que as UPAs estão mal equipadas e citando a falta de medicamentos, consultas e exames. Ele mencionou que o equipamento de raio-X da UPA da Zona Leste está quebrado há meses, o que expõe a precariedade do sistema.

A falta de saneamento básico: Moraes destacou que Porto Velho é uma das piores capitais do país em termos de saneamento básico, com menos de 10% de cobertura de esgoto. Ele criticou diretamente a inação das administrações anteriores nesse tema, o que pode gerar atritos com outras gestões.

Guarda Municipal armada: Moraes trouxe à tona o fato de que a Guarda Municipal, aprovada desde 2013, nunca foi implementada. Ele criticou as administrações anteriores por não colocarem a medida em prática, sugerindo falta de vontade política.

Críticas à Secretaria Municipal de Trânsito: O candidato criticou a gestão da Secretaria de Trânsito de Porto Velho, afirmando que há “politicagem” e uma ausência de investimentos em tecnologias de gestão inteligente de trânsito, o que pode ser interpretado como uma crítica direta à atual administração.

Questões envolvendo o saneamento e responsabilização civil: Moraes afirmou que em sua gestão, quem realizar obras que causem danos ao asfalto e não fizer os devidos reparos será processado civil e criminalmente. A promessa de uma medida tão rigorosa pode gerar discussões sobre sua viabilidade e aplicação.

Crítica à cobrança de entrada no Museu da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré: Moraes classificou a cobrança de R$ 30 para visitação ao museu como um “desrespeito” à população e disse que isso seria imediatamente revertido em sua gestão, garantindo acesso gratuito aos moradores de Porto Velho. Isso pode ser visto como uma crítica à gestão cultural atual.

Relação com o governador Marcos Rocha: A falta de apoio do governador foi mencionada durante a sabatina, mas Moraes destacou que, embora tenha boa relação com o governo estadual, não se sente frustrado. No entanto, essa ausência de apoio pode gerar questionamentos e polêmicas sobre divergências políticas nos bastidores.

Acusações de fake news: Moraes mencionou que foi alvo de fake news e criticou diretamente “colunistas” que disseminam informações falsas, classificando-os como “levianos e oportunistas”. Isso abre margem para discussões acaloradas sobre o papel da mídia e os limites da liberdade de expressão na política.

CONFIRA:

FONTE: RONDONIADINAMICA.COM

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