Trabalho de desratização é realizado pela Semusa sempre que um caso de leptospirose é confirmado
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Porto Velho realizou mais uma ação para o bloqueio de focos de leptospirose através do controle de roedores. Desta vez, a operação aconteceu no bairro São Sebastião II, zona Norte, onde um caso de leptospirose foi confirmado recentemente.
Também conhecida como desratização, o processo de controle de roedores para bloqueio de leptospirose é realizado pelas equipes da Divisão de Controle de Zoonoses em Animais Domésticos e Sinantrópicos (DCZADS) sempre que um caso da doença é confirmado.
COMO FUNCIONA
Assim que a unidade de saúde ou hospitalar notifica o caso suspeito de leptospirose, as equipes do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa são acionadas. Com a confirmação, os técnicos da Divisão de Vigilância Epidemiológica iniciam a investigação do caso. Através de visitas e entrevistas com o paciente e familiares, é traçada uma linha do tempo dos locais de circulação da pessoa nos últimos 15 dias.
O objetivo deste trabalho é determinar o exato ambiente onde a pessoa pode ter sido contaminada, para que as equipes de Zoonoses possam entrar em ação com a operação de controle dos focos de roedores, quebrando, assim, a cadeia de transmissão da leptospirose.
Gerente da DCZADS, Edson Neves explica que “antes da desratização, é realizada uma visita técnica no local indicado pela epidemiologia para a verificação de condições favoráveis para presença de roedores, como lixo acumulado, entulhos, toca, entre outras. Além da aplicação do produto químico, fornecido pelo Ministério da Saúde”, esclarece.
Edson também detalha que o processo de bloqueio acontece não apenas na residência onde a doença foi confirmada, mas em todo o quarteirão em que o imóvel está localizado. No São Sebastião, por exemplo, as iscas foram aplicadas em 13 residências onde os proprietários permitiram a entrada dos profissionais.
Após a aplicação do produto, os técnicos do DCZADS continuam visitando as residências semanalmente para monitorar se os roedores consumiram as iscas. Em caso positivo, uma nova aplicação do produto é realizada. Um trabalho que só é encerrado quando se verifica que as iscas não são mais consumidas, pois se entende que houve a eliminação dos roedores da localidade.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Edson Neves destaca ainda o trabalho de orientação e educação em saúde realizado em todas as residências visitadas. “Esse é o primeiro passo do nosso trabalho. É necessário que a população entenda que a doença aparece, muitas vezes, por hábitos errados como acumular entulhos e lixo em quintais. Isso contribui para o aparecimento de roedores, animais peçonhentos, Aedes aegypti e outras zoonoses. Quando a população entende isso, automaticamente melhora seus hábitos e diminui a incidência de doenças”, enfatiza Edson Neves.
LEPTOSPIROSE
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.
SINTOMAS E TRATAMENTO
Os sintomas principais da leptospirose são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos).
A Leptospirose pode levar a óbito em pouco tempo se não for diagnosticada precocemente. Pessoas com sintomas devem procurar atendimento médico imediatamente na unidade de saúde mais próxima.
PREVENÇÃO
Alguns cuidados simples podem ajudar a evitar o adoecimento:
• Vedar a caixa d’água, fechar frestas em portas e paredes.
• Manter a limpeza regular da cozinha, sem restos de alimentos, além de quintais e áreas externas.
• Armazenar alimentos em local limpo e seguro.
• Descartar corretamente o lixo doméstico.
• Consumir água potável, filtrada ou fervida.
• Não deixar animais domésticos, como cães e gatos, caçarem os roedores nem trazê-los para dentro de casa;
• Evitar o contato com água ou lama após chuva;
• Trabalhadores que atuam no recolhimento de lixo, retirada de entulhos e desentupimento de esgoto precisam utilizar equipamentos de proteção individual, como luvas de borracha e botas.
DADOS
Entre janeiro e junho deste ano, foram confirmados cinco casos de leptospirose, em Porto Velho. Em 2023, no mesmo período, quatro casos foram registrados na Capital.
FONTE: ASSESSORIA COMDECOM
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