Esporte

Marcos Rogério rebate nulidades apontadas em seu relatório

Deputado que foi relator do processo de cassação afirma não acreditar que Cunha consiga manter mandato

Contraponto

O deputado federal Marcos Rogério (DEM-RO) que foi o relator do processo de cassação de Eduardo Cunha na comissão de ética da Câmara dos Deputados, falou à coluna que tinha conhecimento dos argumentos de nulidade que seriam apresentados pelo deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) esta semana, principalmente o que alegava que Rogério fazia parte de legenda do mesmo bloco partidário de Cunha, portanto não poderia relatar o processo. Marcos Rogério explicou que Cunha deu um tiro no pé com esse argumento…

Explico

O deputado rondoniense explicou que o próprio Cunha, em suas alterações regimentais que eram feitas de acordo com seus interesses, havia mudado o regimento afirmando que “valia o que estava na foto oficial de posse”, ou seja, o partido no qual o parlamentar havia sido eleito. No caso de Marcos Rogério era o PDT que não fazia parte do bloco partidário de Cunha, “se vale o que estava na foto, não existe nulidade” explicou Rogério.

O deputado

Também afirmou que não acredita que Cunha consiga escapar da cassação, “Cunha não pode ser subestimado, mas hoje o clima está para cassar seu mandato. Não acredito que ele consiga escapar disso. Ele perdeu otiming, se tivesse renunciado à presidência tão logo tivesse encerrado o processo de impeachment, o cenário seria diferente”, afirmou. Para Marcos Rogério, Eduardo Cunha será mais um capítulo na conturbada história política do Brasil muito em breve, “antes do recesso esse assunto deverá estar resolvido”, acrescentou.

E ele ainda esclareceu

“Os pontos questionados pela defesa de Eduardo Cunha em relação ao relator do Conselho de Ética, Marcos Rogério, foram todos rejeitados. A questão aceita pelo relator na CCJC, deputado Ronaldo Fonseca, em nada tem a ver com a conduta ou relatório de Marcos Rogério no Conselho de Ética. Diz respeito, apenas, a decisão do presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo, sobre votação nominal com chamada dos deputados. Ademais, o recurso aceito não se sustenta e não deve ser aprovado pelo colegiado, pois o modelo de voto foi aprovado por todo o colegiado”.

Sobre a doação da Queiroz Galvão

Aproveitei o encontro com o deputado para questionar sobre a doação da construtora Queiroz Galvão à sua campanha em 2014. Marcos Rogério negou que tenha recebido os R$ 100 mil, apesar do recurso constar em sua prestação de contas. Segundo ele, o dinheiro foi repassado pela executiva nacional do PDT através do comitê financeiro nacional. Em 2014, o PDT recebeu da Queiroz Galvão R$ 3.050.000 milhões e R$ 100 mil foram repassados para a campanha de Rogério, “não podemos agora criminalizar as doações de campanha. Até 2014 eram perfeitamente legais. Esse dinheiro veio para a conta através da nacional, não conheço ninguém dessa empresa, nunca tive contatos”, afirmou.

Fechando

Marcos Rogério também pegou outro tema espinho para relatar esse ano, a discussão sobre a unificação das polícias, ou reestruturação da segurança pública no país. Ele afirmou que estão sendo feitas audiências públicas em vários estados para debater o tema, “esse é complicado e está longe de um consenso”, declarou. De fato, essa é uma briga complicada.

Na quinta, 14

A Câmara dos Deputados devem eleger o sucesso de Eduardo Cunha. A eleição será secreta e ocorrerá por meio do sistema eletrônico. Qualquer deputado federal em exercício, à exceção de Eduardo Cunha, poderá participar da disputa que escolherá o presidente para o mandato tampão da Câmara. A maioria dos deputados deve estar presente à sessão (257 dos 513 parlamentares). Para que seja eleito um presidente em primeiro turno, será preciso que o candidato obtenha a maioria absoluta dos votos, ou seja, se estiverem presentes 257 deputados, são necessários os votos de pelo menos 129 deputados. Se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta dos votos no primeiro turno, a eleição será disputada em um segundo turno. Neste caso, bastará maioria simples.

Assassinos

Foram usados 250 homens em uma mega-operação que desarticulou um suposto grupo de extermínio que agia na região de Jaru e cercanias. Eles são suspeitos de mais de 100 assassinatos nos últimos anos, incluindo o advogado ArthurWanderbroock e o irmão do ex-senador Ernandes Amorim, Mazinho Amorim, em 2014. Eles também são suspeitos de serem os autores das mortes ocorridas em Alto Paraíso, onde foram executados dois vereadores e um empresário. O mais grave, o grupo era composto por nada menos que 11 policiais militares.

De tênis?

Ainda sobre a viagem do vice-governador Daniel Pereira a Santa Catarina acompanhado dos secretários de Agricultura e de Desenvolvimento onde aprenderam juntos a redigir um boletim de ocorrência com a Polícia Militar catarinense. Eventos formais, requerem vestimentas formais, ainda mais quando se trata de um ambiente militar. Mas os secretários parecem desconhecer a etiqueta e estavam de tênis! Basílio Leandro, de Desenvolvimento, estava com um gritante tênis branco durante “o curso”. Olha só:

Da esquerda para a direita o secretário de Agricultura (de tênis) e o de desenvolvimento (com tênis branco brilhante) e o vice-governador Daniel Pereira

Da esquerda para a direita o secretário de Agricultura (de tênis) e o de desenvolvimento (com tênis branco brilhante) e o vice-governador Daniel Pereira

Imprensa

A Polícia Federal queria tirar do ar o site Jarunotícias, que pertence a um dos envolvidos, Rodrigo Silva Vieira, preso na Operação Mors. A justiça entendeu que “por ora, não há necessidade desta medida, preservando, de outro modo, a plena liberdade de imprensa”. Ainda não está clara a participação do proprietário do site de notícias no grupo.

Clínica Mais Saúde informa — Exame de sangue poderá evitar uso desnecessário de antibióticos

Um exame de sangue barato poderá dizer aos médicos se uma infecção é causada por um vírus ou por uma bactéria, ajudando a prevenir a prescrição indevida de antibióticos. O teste de diagnóstico, descrito na revista científica americana Science Translational Medicine, está sendo desenvolvido pela Escola de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia. O novo teste, que ainda não está no mercado, funciona através da identificação de sete genes humanos cuja atividade muda durante uma infecção, e cujo padrão de atividade pode revelar se uma infecção é bacteriana ou viral. Até agora, exames desse tipo analisavam alterações em centenas de genes, o que os torna mais custosos, de acordo com os pesquisadores. O novo exame deve ser submetido a ensaios clínicos, uma vez que a maioria das pesquisas até agora tem focado em conjuntos de dados digitais pré-existentes sobre a expressão gênica de vários pacientes. O teste de identificação de sete genes mostrou resultados precisos em amostras de sangue de 96 crianças gravemente doentes. Antes do exame chegar ao mercado, ele também deve ser incorporado a um dispositivo que poderá dar um resultado em uma hora ou menos.

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Gomes Oliveira

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