O foco da CPMI é identificar os responsáveis pela invasão e depredação dos prédios do Congresso, Palácio do Planalto e STF
Na manhã desta terça-feira (6), membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro deste ano votaram o plano de trabalho da relatora Eliziane Gama (PSD-MA). A senadora avaliou quase 800 requerimentos apresentados por deputados e senadores desde a instalação do colegiado, e apresentou o texto hoje.
O foco da CPMI é identificar os responsáveis pela invasão e depredação dos prédios do Congresso, Palácio do Planalto e STF. Além de definir os primeiros depoentes, a reunião também solicitou documentos de investigações que já correm na Polícia Federal (PF), no Supremo Tribunal Federal, no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A relatora afirmou que a ação dos vândalos não começou efetivamente no dia 8 de janeiro, e sim bem antes, no dia 31 de outubro, após o resultado das eleições e vitória do presidente Lula. Agora, os 16 deputados e 16 senadores titulares terão 180 dias para investigar os atos golpistas.
No documento, Eliziane Gama propõe que sejam ouvidas 37 pessoas, dentre eles, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Anderson Torres, que era o secretário de Segurança Pública do DF em 8/1, e ex-ministros. Confira a lista:
- Adauto Lucio de Mesquita – empresário suspeito de ser financiador;
- Ainesten Espírito Santo Mascarenhas – empresário suspeito de ser financiador;
- Ailton Barros – ex-major próxmo de Bolsonaro;
- Alan Diego dos Santos – condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto;
- Albert Alisson Gomes Mascarenhas – suspeito de participar dos atos;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
- Antônio Elcio Franco Filho – coronel e ex-integrante do governo Bolsonaro;
- Argino Bedin – empresário suspeito de ser financiador;
- Augusto Heleno – ex-ministro do GSI;
- Diomar Pedrassani – empresário suspeito de ser financiador;
- Edilson Antonio Piaia – empresário suspeito de ser financiador;
- Fábio Augusto Vieira – ex-comandante da PMDF;
- Fernando de Souza Oliveira – ex-Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
- George Washington de Oliveira Sousa – condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto;
- Gustavo Henrique Dutra de Menezes – ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP);
- Jeferson Henrique Ribeiro Silveira – motorista do caminhão-tanque onde foi colocada a bomba;
- Jorge Eduardo Naime – ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal
- Jorge Teixeira de Lima – Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
- José Carlos Pedrassani – suspeito de ser financiador;
- Joveci Xavier de Andrade – suspeito de ser financiador;
- Júlio Danilo Souza Ferreira – ex-secretário de segurança do DF;
- Leandro Pedrassani – suspeito de ser financiador;
- Leonardo de Castro Cardoso – Diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal;
- Marcelo Fernandes – Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
- Márcio Nunes de Oliveira – ex-Diretor-Geral da Polícia Federal;
- Marco Edson Gonçalves Dias – ex-Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
- Marília Ferreira de Alencar – então Subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Mauro Cesar Barbosa Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Milton Rodrigues Neves – Delegado da Polícia Federal;
- Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra – coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ex-chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF;
- Ricardo Garcia Cappelli – ex-ministro interino do GSI;
- Roberta Bedin – suspeita de ser financiadora;
- Robson Cândido da Silva – Delegado-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
- Silvinei Vasques – ex-Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal;
- Wellington Macedo de Souza – suspeito de envolvimento no episódio da bomba;
- Valdir Pires Dantas Filho – Perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF);
- Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.
Próximo passo
Segundo cronograma pensado pelo deputado Arthur Maia, presidente da comissão, uma nova reunião deve acontecer amanhã (7), quando os requerimentos serão votados. “A partir daí, teremos duas ou três reuniões semanais”, revelou.
FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA
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