Hoje mais do que nunca. “Classificar consiste nos atos de incluir e excluir” (Zygmunt Bauman).
EMPRESAS DE RONDÔNIA VENDERAM, EM 6 ANOS, UM TERÇO DO QUE AS EMPRESAS DE OUTROS ESTADOS VENDERAM ONLINE
As empresas de Rondônia venderam R$ 779,68 milhões pelo e-commerce entre 2016 e 2022, segundo levantamento inédito do Observatório do Comércio Eletrônico, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançada nesta quinta-feira (11).
Os dados constam de uma ferramenta que acaba de ser lançada pelo MDIC, o Dashboard do Comércio Eletrônico Nacional, que reúne informações sobre vendas online realizadas no Brasil com emissão de nota fiscal. No caso de Rondônia, os dados revelam que 88,7% das vendas se deram dentro do próprio estado. Os principais produtos vendidos foram veículos de carga, bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja e desodorantes.
No mesmo período, os rondonienses fizeram compras online de outros estados no valor de R$ 2,39 bilhões (especialmente de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo), com destaque para veículos de carga, aparelhos celulares e bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja.
O Dashboard é a primeira ferramenta pública a agregar números oficiais do comércio eletrônico no país. Até então, boa parte das informações vinha de bases privadas.
PESSOAS DE NIVEL SUPERIOR EM RONDÔNIA POSSUEM O MENOR RENDIMENTO HABITUAL DA REGIÃO NORTE
A PNAD Contínua – Rendimentos de todas as fontes mostra que aumentou a participação de pessoas com nível superior no mercado de trabalho em Rondônia. Em 2012, 10,5% (73 mil) das 695 mil pessoas ocupadas no estado tinham este nível de instrução. Já em 2022, os trabalhadores com ensino superior completo representaram 19,5% (162 mil) do total de 828 mil pessoas ocupadas. Apesar do aumento da representação do grupo com nível de instrução maior, Rondônia ainda apresenta índice menor que o brasileiro. Em todo o país, no ano de 2022, 22,9% dos 95 milhões de trabalhadores haviam concluído o ensino superior. Comparando com as demais Unidades Federativas, Rondônia tem a décima menor participação de trabalhadores com ensino superior entre o total de trabalhadores. Ainda em relação ao grupo de trabalhadores com ensino superior, nota-se que, em 2022, os rondonienses tiveram o quarto menor rendimento habitual do país e o menor da Região Norte. Em Rondônia, um trabalhador com este nível de instrução recebeu, em média mensal, R$ 4.022,00, quase o dobro que um trabalhador com ensino médio completo (R$ 2.055,00). As menores médias de rendimentos habituais por trabalhadores com ensino superior foram registradas no Maranhão (R$ 3.783,00), Alagoas (R$ 3.799,00) e Bahia (R$ 3.904,00). Já as maiores foram no Distrito Federal (R$ 7.696,00), Rio de Janeiro (R$ 6.369,00) e Paraíba (R$ 6.313,00.
HOMENS GANHAM MAIS QUE MULHERES EM RONDÔNIA
Também segundo a PNAD Contínua – Rendimentos de todas as fontes, os homens têm uma participação mais expressiva no mercado de trabalho rondoniense que as mulheres. Em 2022, representavam 62,4% (516 mil) dos 828 mil trabalhadores. Constata-se também que o rendimento habitualmente recebido pelos trabalhos das mulheres é menor que o rendimento dos homens. Em média, um rondoniense recebeu R$ 2.554,00 em 2022, enquanto que uma rondoniense recebeu R$ 1.971,00. A diferença por gênero também é percebida em nível nacional, mas no estado é ligeiramente superior à média do país. Os trabalhadores homens tiveram rendimento de R$ 2.920,00 e as trabalhadoras receberam R$ 2.303,00. Esta nota e anterior foram feitas com informações da Analista Censitária do setor de Jornalismo da Unidade Estadual do IBGE em Rondônia, Amabile Casarin.
EM 2022 O SETOR DE SERVIÇOS TEVE O MAIOR CRESCIMENTO DA SÉRIE HISTÓRICA
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o setor de serviços teve um crescimento de 8,3% em 2022, a maior taxa desde o início da série histórica, iniciada em 2011. Este ano este mercado deve evoluir apenas 2,5%, conforme estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Atualmente, ainda segundo a pesquisa, o segmento de serviços corresponde a cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A categoria de atividades profissionais, administrativas e complementares, que inclui a área de engenharia, por exemplo, foi a segunda que mais se destacou, com expansão de 7,7%, ficando atrás apenas do segmento de transportes, cuja elevação foi de 29,2%.
EM ABRIL AS VENDAS DO VAREJO CAEM 7,7% EM RELAÇÃO À 2022
No mês de abril de 2023, as vendas no varejo caíram 7,7%, em relação ao mesmo período de 2022, segundo o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, que apresenta dados mensais de movimentação no setor. O estudo é parceria da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros, com o Instituto Propague.O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos a grandes varejistas e divulgar um retrato do varejo nacional. O resultado registrado no quarto mês do ano reflete, principalmente, o impacto negativo dos dois feriados prolongados, com a ocorrência das chamadas “pontes”, nas quais os consumidores esticam os dias de descanso com o fim de semana. Entre todos os segmentos, apenas o de artigos farmacêuticos apresentou contínua melhora, com alta de 3,2% no volume de vendas, no comparativo anual e alta de 0,5% no comparativo mensal em abril. E seis segmentos não conseguiram alcançar resultados positivos, com a maior queda no setor de livros, jornais, revistas e papelarias (13,5%), tecidos, vestuário e calçados (12,3%), sub-segmento hipermercados e supermercados (11,8%), móveis e eletrodomésticos (7,6%), material de construção (6,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,7%).
AUTOR: SILVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
Add Comment