Está na hora de, ao menos, perceber o brilho delas. “No fundo de um buraco ou de um poço, acontece descobrir-se as estrelas” (Aristóteles).
AGENDA EMPRESARIAL PRETENDE MELHORAR O COMÉRCIO DE RONDÔNIA
A Confederação Nacional do Comércio (CNC), em parceria com a Federação do Comércio de Rondônia (Fecomércio – RO) e seus Sindicatos Patronais Filiados, realizou na quarta-feira (08) discussões sobre a Agenda Institucional do Comércio – mapa referencial que trará temas de interesse da classe empresarial para o desenvolvimento econômico do comércio. A reunião, de maneira virtual e presencial, aconteceu em Vilhena, com a participação de empresários dos segmentos de bens, serviços e turismo que compuseram os grupos temáticos de Ambientes de negócios, Tributação, Infraestrutura, Regulação, Educação e Bem-estar. Durante o encontro, presidido pelo vice-presidente da Fecomércio/RO, Pedro Jucá, os empresários presentes realizaram a criação de um documento composto por diagnósticos dos problemas e respectivas soluções. Um dos pontos mais incisivos dos empresários foi a questão da segurança pública que tem sido o ponto mais nevrálgico nos centros comerciais com sensível aumento da criminalidade inclusive sendo o motivo de fechamento de diversas empresas que foram vítimas de sucessivos assaltos, daí ter sido tratado como um tema prioritário. O vice-presidente da Fecomércio/RO, Pedro Jucá, avaliou que “O encontro de hoje é muito significativo para o avanço econômico do nosso Estado, pois os documentos gerados demonstram a força coletiva da classe empresarial em torna-se agente propositivo – e não apenas passivo – das resoluções. Com a orientação da CNC, e o posterior apoio dos parlamentares federais, vislumbramos novos cenários para os anseios dos empreendedores do comércio de bens, serviços e turismo, bem como a possibilidade de mais geração de empregos e fomento da classe trabalhadora”. O evento foi um momento de construção da agenda que visa melhorar o ambiente de negócios e fomentar propostas de políticas públicas. Depois de formatadas, as propostas serão encaminhadas aos parlamentares para defesa do desenvolvimento econômico do comércio de Rondônia.
EXECUTIVO TERÁ AUMENTO MÉDIO BEM MENOR QUE OS OUTROS PODERES
Para o bem, ou para o mal, a realidade é que o período do governo Jair Bolsonaro foi o único mandato presidencial a registrar queda nas despesas, desde 1997, com pessoal e encargos sociais do Executivo, Legislativo e Judiciário. No total os gastos recuaram de R$ 383,8 bilhões, em 2018, para R$ 343,4 bilhões em 2022, em valores corrigidos pela inflação. Os dados atualizados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) são do Tesouro Nacional. A falta de reajustes no período de pandemia de covid-19 limitou o custeio. É evidente que isto não vai se repetir no atual governo, não apenas pelas circunstâncias diferentes (o atual governo não enfrenta uma pandemia), mas também porque já foram feitos novos aumentos salariais no Judiciário e no Legislativa e, em breve, embora seja sempre bem menor, serão feitos novos aumentos no Executivo. Não se pode deixar de lembrar também que, antes do 2º turno das eleições presidenciais, o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que os funcionários públicos poderiam ter aumento real –acima da inflação– de 2% em 2023. Para o outros poderes foi dado um aumento bem maior, mas tudo indica que o Executivo, com o anunciado possível aumento de 6%, terá um acréscimo menor do que se Bolsonaro governasse.
EVOLUÇÃO DOS EMPLACAMENTOS DE CARROS ELÉTRICOS
O setor de carros elétricos no Brasil tem crescido significativamente nos últimos anos e deve continuar crescendo forte em 2023. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, em janeiro de 2023, os emplacamentos de veículos leves elétricos alcançaram 4.503 unidades, um aumento de 76% em relação ao mesmo período do ano anterior, e 241% em comparação com janeiro de 2021. Para Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa que fornece soluções para a eletromobilidade, a eletrificação de veículos é uma realidade que veio para ficar e não deve ser ignorada. “O cenário atual é próspero e precisamos buscar cada vez mais formas de incentivar essa indústria. O Brasil tem um potencial gigantesco para crescer nesse mercado, seja na produção dos automóveis ou no exemplo de um país que tem como principal característica uma frota que usa energia limpa”, afirmou o executivo. A transição para a eletrificação de veículos é uma oportunidade para o Brasil reduzir a sua pegada de carbono, além de estimular impactos positivos na economia e na qualidade de vida das pessoas. É preciso assinalar que este crescimento tem uma grande participação da China, pois cada vez mais empresas do gigante asiático têm investido no Brasil e com as melhorias recentes da autonomia e da resistência dos veículos chineses, há uma tendência de vermos cada dia mais brasileiros buscando marcas como a BYD ou a CAOA Cherry.
FRANQUIAS TIVERAM FORTE CRESCIMENTO EM 2022
Em 2022, o mercado de franquias brasileiro recuperou-se e deu sinais de crescimento segundo o balanço anual da ABF- Associação Brasileira de Franchising. O faturamento das redes no País superou, pela primeira vez, os R$ 211 bilhões, passando de R$ 185,068 bilhões em 2021 para R$ 211,488 bilhões em 2022, um crescimento nominal de 14,3%, índice superior aos 12% projetados pela ABF. Com isto, desde o pico da pandemia, são oito trimestres ininterruptos de crescimento. Na comparação com 2019, o crescimento do franchising foi de 13,2%, naquele ano a receita foi de R$ 186,755 bilhões. Já no quarto trimestre de 2022, cuja comparação se deu com igual período do ano anterior, a alta da receita foi de 12,6%, alcançando R$ 63,800 bilhões. Quando comparado ao quarto trimestre de 2019, o crescimento chega a 16,1%. Em 2022, o setor registrou ainda expansões expressivas em número de unidades, redes de franquia e empregos diretos, o que corrobora o robusto desempenho do setor no ano. Entre os principais fatores que contribuíram para este desempenho estão o forte retorno do comércio e atividades presenciais ao longo de todo o período, a recuperação da taxa de emprego, o avanço da digitalização e de outros canais de venda, principalmente o delivery, e os ganhos advindos das lições da pandemia (principalmente em relação à maior eficiência e adaptabilidade).
AUTOR: SILVIO PERSIVO – COLUNA TEIA DIGITAL
- A Opinião dos colunistas colaboradores são de sua inteira responsabilidade e não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense
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