Balanços indicam 72 mortes e 241 feridos no atentado contra cristãos.
Ao menos 29 crianças que aproveitavam o feriado da Páscoa morreram.
Autoridades paquistanesas estão em busca nesta segunda-feira (28) de membros de uma facção do Talibã, leal ao Estado Islâmico, que reivindicou a responsabilidade por um ataque suicida contra cristãos que deixou 72 mortos, de acordo com a France Presse. A CNN indica que 341 ficaram feridas.
Ao menos 29 crianças que aproveitavam o domingo (28) de Páscoa foram mortas quando um homem-bomba se explodiu em um parque movimentado na cidade de Lahore, base de poder do premiê Nawaz Sharif.
“O homem-bomba detonou os explosivos perto da área onde as crianças brincavam nos balanços”, afirmou Muhamad Usman, funcionário do governo da cidade.
“Executamos o ataque de Lahore e os cristãos eram o nosso alvo”, afirmou Ehsanullah Ehsan, porta-voz da facção Jamaat-ul-Ahrar, antes de prometer mais ataques contra escolas e universidades, de acordo com a France Presse.
A polícia isolou a área e nesta segunda ainda era possível observar pedaços de roupas ensanguentados nos balanços.
No domingo, os médicos descreveram cenas de horror no hospital Jinnah, ao mesmo tempo que o Twitter foi dominado por pedidos de doação de sangue. A situação continuava caótica na manhã desta segunda, com parentes de vítimas e jornalistas entrando e saindo do centro médico.
A jovem paquistanesa Malala Yousafzaï, vencedora do Nobel da Paz, afirmou estar “abatida com a matança sem sentido”, informou a France Presse.
Repercussão
O papa Francisco repudiou nesta segunda o ataque suicida de militantes islâmicos, classificando-o como “hediondo” e exigindo que as autoridades do país protejam minorias religiosas.
O Paquistão é um país de maioria muçulmana, mas tem uma população cristão de mais de 2 milhões de pessoas.
A brutalidade do ataque da facção Jamaat-ur-Ahrar, no quinto atentado a bomba do grupo desde dezembro, reflete as tentativas do movimento de aumentar sua importância entre os divididos militantes islâmicos do Paquistão.
Esse foi ataque o mais mortal no Paquistão desde o massacre de 134 crianças em dezembro de 2014 em uma academia militar na cidade de Peshawar, que gerou uma grande repressão do governo à militância islâmica.
O porta-voz do Exército general Asim Bajwa disse que agências de inteligência, o Exército e forças paramilitares iniciaram diversas operações na área de Punjab após o ataque atrás dos responsáveis pelo atentado.
Fonte: G1
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