A Polícia Federal argentina já vasculhou o último domicílio do brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel no país, preso após tentar a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, localizado no município de San Martín, na região da grande Buenos Aires. O apartamento é um conjugado e nele foram encontrados, segundo relatório policial, duas caixas de munições marca Magtech, calibre 9mm, que continham, no total, 100 balas. Também foi apreendido um computador laptop marca HP e documentos pessoais de Sabag e familiares.
Segundo informações oficiais, às quais O GLOBO teve acesso, o proprietário que alugava um pequeno apartamento para o brasileiro, há apenas oito meses, confirmou que Sabag morava no local, com uma namorada argentina. Detido logo após a tentativa de assassinato, o brasileiro está agora numa delegacia, onde será interrogado. Depois disso, deve ser levado a uma prisão federal.
O brasileiro tinha em seu poder, ainda, um certificado para poder circular durante a pandemia, já que trabalhava como motorista de aplicativo, uma radiografia dental e outro certificado oficial por algum tipo de deficiência, que não foi informada. Também foram encontrados documentos de sua namorada, identificada como Brenda Elizabeth Uriarte, de nacionalidade argentina.
As munições encontradas serão submetidas a uma perícia, assim como a arma usada por Sabag, uma Bersa calibre 380. O brasileiro está no momento na Superintendência de Investigações da Polícia Federal, na capital argentina, onde será interrogado. Posteriormente, informaram fontes oficiais, deve ser trasladado para uma prisão federal.
Não se sabe qual será a acusação formal contra Sabag, mas fontes do governo argentino afirmaram que o brasileiro poderia ser acusado de vários delitos que, juntos, implicariam uma condenação pesada.
As redes sociais do brasileiro, já deletadas, indicam alguns de seus hobbies peculiares. Em seu perfil no Facebook, por exemplo, ele curtiu páginas como “Comunismo Satânico”, “Ciências Ocultas Herméticas” e “Coach Antipsicopata”, além de inúmeros grupos de ódio ligados à ideologia neonazista.
O brasileiro também gostava de ser chamado de “Salim” e se gabava por ser crítico ferrenho do atual governo argentino e da família Kirchner. Ele também postou vídeos de suas aparições em programas de TV, seja criticando programas do governo de auxílio financeiro ou a nomeação do ministro Sergio Massa, da Economia.
FONTE: EXTRA
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