Sensações maravilhosas. Esplêndidos momentos que vivemos naquele tempo tão bom, mas que não volta. Resta-me a nostalgia. Quando ouço uma canção em francês, lembro-me de Pierre. Íamos ao teatro com frequência poética. Ríamos. Gozávamos a oportunidade de exercer o amor à arte. Ah! A arte renova-nos. E sim. Éramos felizes, brilhantes, sofisticados e humildes.
Hoje em dia, estou solteira, morando no Brasil, numa fase extremamente instrospectiva. Muitas vezes é necessário refletir, fazer uma autoavaliação, entregar-se ao silêncio e ressurgir das cinzas como uma fênix.
Quando chega a noite, saio um pouquinho para espairecer, me conectar às pessoas e admirar a beleza de um céu estrelado. Na pequena cidade em que vivo, tudo é bastante calmo e previsível. Eu gosto de um ambiente mais tranquilo. Porém, confesso que sinto falta dos majestosos eventos artísticos que aconteciam em Paris. Os jantares épicos e a emoção de cumprimentar célebres literatos, pintores, atores, a nata da elite cultural parisiense e mundial. Sentia-me uma dama absolutamente admirada, bem acompanhada e apta para conversar sem medo em português, francês, inglês ou espanhol.
AUTOR / FONTE: ALBERTO AYALA
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