Mundo

China aplica sanções a funcionários americanos por ‘mentirem’ sobre Direitos Humanos

Medida foi adotada após Washington anunciou restrições de visto para autoridades chinesas acusadas de reprimirem minorias

Pequim anunciou, nesta quinta-feira (31), que aplicou sanções contra um grupo não especificado de funcionários americanos por “inventarem mentiras” sobre a situação dos direitos humanos na China.

A medida foi adotada depois que Washington anunciou restrições de visto para autoridades chinesas acusadas de reprimirem minorias étnicas e religiosas na região ocidental de Xinjiang. 

As relações sino-americanas se encontram em seu ponto mais baixo em décadas, agravadas, recentemente, pelo aparente apoio de Pequim à Rússia em sua invasão à Ucrânia. 

Na semana passada, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, pediu à China que “pare com seu genocídio e crimes contra a humanidade” em Xinjiang. Ao mesmo tempo, Washington anunciou sanções contra autoridades chinesas não identificadas.

Em represália, Pequim informou hoje que “vai impor restrições recíprocas de visto a funcionários americanos”.

O porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, declarou que as sanções serão aplicadas “aos que inventaram mentiras sobre temas de direitos humanos que envolvem a China, promoveram e implementaram sanções contra a China e prejudicaram os direitos e interesses da China”. 

“Os Estados Unidos usam o pretexto dos chamados direitos humanos para inventar mentiras maliciosas e usam isso para interferir nos assuntos internos da China, manchar a imagem da China” e aplicar sanções contra funcionários de Pequim, acrescentou. 

Wang não divulgou os nomes dos americanos afetados. Segundo ele, a medida foi tomada de acordo com a lei antissanções adotada no ano passado. 

Grupos de defesa dos direitos humanos denunciam que até um milhão de uigures e membros de outras minorias muçulmanas foram detidos em Xinjiang em uma rede de “acampamentos de reeducação”, como parte da política “antiterrorista” da China.

FONTE: AFP

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Gomes

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