EUA, Europa e países do Oriente Médio demonstram preocupação com o armamento apresentado pelas Forças Armadas iranianas
A Guarda Revolucionária do Irã, divisão das Forças Armadas do país, apresentou nesta quarta-feira (9) um novo míssil balístico, que tem alcance de 1.450 quilômetros, em exercício ocorrido em meio à tentativa de diálogo para salvar o pacto nuclear firmado em 2015.
“A arma estratégica é um míssil de longo alcance, de terceira geração, desenvolvido pela Guarda Revolucionária, impulsionado por combustível sólido e com a capacidade de penetrar em escudos contra mísseis”, informou a agência de notícias iraniana Tasnim.
O míssil Kheibar Shekan (destruidor de castelos, em tradução livre) foi apresentado na base aeroespacial da Guarda Revolucionária, na presença do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, o general Mohamad Hosein Baqeri.
O anúncio acontece dias antes da comemoração do 43º aniversário do êxito da Revolução Islâmica, em 11 de fevereiro de 1979, liderada pelo aiatolá Khomeini.
O Irã vem desenvolvendo durante as últimas quatro décadas uma indústria armamentista, devido ao embargo internacional, com especial interesse em mísseis.
O tipo de armamento apresentado hoje é uma fonte de preocupação para os Estados Unidos, a Europa e alguns países do Oriente Médio, embora Teerã garanta que o uso é para defesa e dissuasão de ameaças.
O programa balístico do Irã foi uma das razões alegadas pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump para retirar o país, em 2018, do acordo nuclear multilateral assinado três anos antes e voltar a decretar sanções.
O governo iraniano negocia atualmente com Alemanha, França, Reino Unido, Rússia, China, assim como com os Estados Unidos, de forma indireta, uma forma de salvar o pacto que limitava o programa nuclear, em troca da retirada das sanções.
A oitava rodada desse diálogo foi retomada em Viena, nesta terça-feira (8), com a tentativa de que Washington se reintegre ao acordo, a partir de um cumprimento integral por parte do Irã.
FONTE: EFE
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